Para distrital, Brasil vive uma "bagunça partidária"
A declaração do deputado Chico Vigilante (PT) foi feita em meio à discussão na CLDF sobre o número de partidos políticos no país; segundo o petista, o Brasil não suporta os atuais 32 partidos existentes e ainda outros 26 em "gestação"; "Não há espaço para mais de cinco partidos no País. É necessário uma profunda reforma política e partidária", disse
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Câmara Legislativa do DF - Um dos temas debatidos pelos deputados distritais na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta quarta-feira (2) foi o grande número de partidos políticos existentes no Brasil. O deputado Chico Vigilante (PT) foi o primeiro a abordar o assunto e classificou a situação como "bagunça partidária". Segundo ele, o Brasil não suporta os atuais 32 partidos existentes e ainda outros 26 em "gestação". "Não há espaço para mais de cinco partidos no País. É necessário uma profunda reforma política e partidária", afirmou.
Chico Vigilante defendeu a realização de uma assembleia constituinte exclusiva para tratar das reformas política e tributária e do Judiciário. Em sua opinião, os constituintes deveriam resolver os problemas dessas três áreas e ficarem impedidos de se candidatarem nas eleições seguintes.
Também para o deputado Joe Valle (sem partido), a realização de uma reforma política no País é fundamental. Ele defendeu, ainda, a mudança no jeito de fazer política: "Os partidos precisam ter projetos claros".
Já o deputado Agaciel Maia (PTC) lembrou que num passado recente o Brasil contava com apenas dois partidos, a Arena e o MDB, e justificou o grande número de partidos atualmente como um processo natural da redemocratização. No entanto, o distrital concordou que o País está muito próximo de um limite. Segundo ele, a situação é parecida com a comparação entre remédio e veneno: "O remédio em excesso se torna um veneno, como acontece com a explosão de partidos".
Para a deputada Eliana Pedrosa (PPS), o tema é rico e deve ser amplamente debatido para o bem da democracia. Para exemplificar a complexidade do tema, a parlamentar disse que está muito preocupada com a forma como o PPL e o PSL estão atuando no Distrito Federal neste período de definição de filiações, com vistas às eleições do próximo ano. "Estou perplexa e indignada com o que está acontecendo. Esses dois partidos estão usando instrumentos muito pouco republicanos para atrair candidatos. A situação é muito grave", denunciou a parlamentar, que vai pedir ao Ministério Público que investigue o caso.
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