Pacientes da rede pública terão acesso a custos

Todos os pacientes que utilizarem os serviços da rede pública de Saúde receberão, no momento de sua saída, os valores gastos com o tratamento ou procedimentos realizados; será como uma conta, mas apenas para checagem; a iniciativa faz parte de um programa do governo federal, que implantou o projeto-piloto em cinco hospitais do DF

Todos os pacientes que utilizarem os serviços da rede pública de Saúde receberão, no momento de sua saída, os valores gastos com o tratamento ou procedimentos realizados; será como uma conta, mas apenas para checagem; a iniciativa faz parte de um programa do governo federal, que implantou o projeto-piloto em cinco hospitais do DF
Todos os pacientes que utilizarem os serviços da rede pública de Saúde receberão, no momento de sua saída, os valores gastos com o tratamento ou procedimentos realizados; será como uma conta, mas apenas para checagem; a iniciativa faz parte de um programa do governo federal, que implantou o projeto-piloto em cinco hospitais do DF (Foto: Leonardo Lucena)


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Kelly Ikuma, da Agência Brasília - Todos os pacientes que utilizarem os serviços da rede pública de Saúde receberão, no momento de sua saída, os valores gastos com o tratamento ou procedimentos realizados. Será como uma conta, mas apenas para checagem. A iniciativa faz parte de um programa do governo federal, que implantou o projeto-piloto em cinco hospitais do DF.

O "Conta-Cidadão", nome dado ao projeto, além de conscientizar a população e os servidores das unidades em relação aos custos, tem como meta promover melhor uso dos recursos públicos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação faz parte do Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC), do Ministério da Saúde.

Os hospitais Materno-Infantil de Brasília (Hmib), Ceilândia (HRC), Santa Maria (HRSM), Taguatinga (HRT) e o de Base (HBB) ficaram responsáveis por fazer o levantamento dos custos de cada setor durante todo o ano de 2013. Os três primeiros já entregaram o relatório e estão passando as informações para o ApuraSus, aplicativo que auxilia na apuração dos dados.

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Nem as agulhas ficaram de fora do levantamento, que buscou os custos dos procedimentos mais complexos a exames e serviços de rotina. Com base nesses dados, é possível saber, por exemplo, que um dia de internação de um adulto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hmib tem o custo médio de R$ 2,7 mil e que cada quilo de roupa lavada sai por R$ 11.

"Todas essas informações auxiliam os gestores dos hospitais a tomar decisões em relação à alocação de recursos. Com isso, ganhamos em eficiência e na qualidade do serviço prestado", afirmou o subsecretário da Subsecretaria de Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle (Suprac), da Secretaria de Saúde, Rodrigo Rodrigues Miranda.

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De acordo com ele, ainda não existe uma data para que o "Conta-Cidadão" comece a funcionar efetivamente, mas o objetivo é expandir para todos os hospitais do DF, além das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). O desafio também foi lançado às 52 mil unidades de saúde do Brasil, mas apenas 13, tirando o DF, conseguiram coletar os dados necessários.

Para saber como seria a receptividade das pessoas em relação à iniciativa, os gestores do Hmib anexaram na própria unidade um painel com alguns custos. "Não só os pacientes, como também os servidores, ficaram abismados. Todos devem ter consciência de quanto custam e quanto valem para o sistema", declarou a administradora do Hmib, Elenildes Costa.

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Nos relatórios consolidados, foi confirmado um dado já trabalhado como média no Brasil, onde 80% dos custos são voltados para os recursos humanos. O segundo maior gasto ficou com os serviços terceirizados, em torno de 10%. "Conseguimos reduzir pela metade a conta do telefone, apesar do objetivo não ser cortar gastos e sim realocar", avaliou Elenildes.

INTERPRETAÇÃO – Com os valores dos itens e serviços em mãos, um temor do subsecretário da Suprac é a comparação entre as unidades. Segundo ele, cada hospital tem características diferenciadas, o que não permite dizer que um exame ou procedimento em um local é mais barato ou mais caro que outro. "Esse é um cuidado que todos devem ter", ressaltou.

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O DF aceitou o desafio de ser laboratório do programa em 2010, mas a assinatura do Termo de Cooperação Ténica-Operacional foi celebrado em 2012. Durante todo esse período, os gestores das unidades selecionadas elaboraram a melhor forma de levantar os custos e decidiram ter como base o ano de 2013.

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