Pacheco: discussão sobre aumentar o número de ministros do STF é 'incoerente'

"Me estranha muito neste momento, exatamente nesse momento, estar se discutindo um tema dessa natureza", afirmou o senador do PSD-MG

Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)


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247 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta terça-feira (11) que é "inadequada" e "incoerente" a discussão sobre um aumento de 11 para 16 na quantidade de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), projeto defendido por Jair Bolsonaro (PL). De acordo com partidos oposicionistas, a proposta, se fosse aprovada, centralizaria o poder do atual ocupante do Planalto, candidato à reeleição.

"Me estranha muito neste momento, exatamente nesse momento, estar se discutindo um tema dessa natureza, a ampliação de estrutura do Poder Judiciário, em especial do Supremo Tribunal Federal. Me parece que isso é inclusive incoerente com a lógica dos que defendem uma redução da competência do Supremo", disse Pacheco em entrevista à GloboNews

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"Portanto, me parece um momento inadequado para essa discussão. As discussões relativas a toda e qualquer reforma do Judiciário devem ser feitas com muita prudência, muita responsabilidade, envolvendo inclusive o Poder Judiciário. E algo que afete a estrutura do Supremo Tribunal Federal, é de bom alvitre também que se ouça ministros atuais, ex-ministros do Supremo, para saber o que verdadeiramente é bom para o país", complementou o senador.

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A reportagem de Veja, publicada na sexta-feira (7), fez o seguinte questionamento a Bolsonaro: "Por falar em Judiciário, faz parte mesmo de seus planos aumentar o número de vagas no STF num futuro governo?". "Já chegou essa proposta para mim e eu falei que só discuto depois das eleições", afirmou ele.

Desde o começo da sua gestão, em 2019, Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalha o governo. Ele também acusa sem provas as urnas eletrônicas de não terem segurança contra fraudes e defende a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos de oposição denunciaram possibilidades de golpe. 

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Eleições

O PSD, de Pacheco, ficou neutro no primeiro e no segundo turno da eleição presidencial. O senador teve um encontro com senadores petistas no dia 6 deste mês: Jean Paul Prates (PT-RN), Humberto Costa (PT-PE), e o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT), e o líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O presidente do Senado tem evitado dizer publicamente em quem votará no segundo turno da eleição presidencial. Em Minas, Lula teve 48,29% dos votos válidos (5.802.571 votos) no primeiro turno e Bolsonaro, 43,60% (5.239.264 votos). 

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O ex-presidente ficou em primeiro lugar, com 48% dos votos válidos (57,2 milhões) no primeiro turno da eleição no País, contra 43% (51 milhões) de Bolsonaro, o primeiro ocupante do Planalto a perder a eleição em primeiro turno desde 1997, quando a reeleição foi aprovada. Eles disputarão o segundo turno no dia 30 de outubro.

Aliado do atual ocupante do Planalto, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi reeleito com 56,18% dos votos no último domingo (2). O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), apoiado por Lula, ficou em segundo lugar, com 35,08%.

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Para a vaga de senador por Minas, foi eleito Cleiton Gontijo de Azevedo (PSC), mais conhecido como Cleitinho, 40 anos. A partir de 2023, ele ocupará uma vaga no Senado e quem deixará o cargo será Alexandre Silveira (PSD). O mandato dele acabará em janeiro. Os outros dois senadores de Minas com mandatos até 2027 são Rodrigo Pacheco e Carlos Viana (PL). 

O político do PL ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo mineiro. Ele teve 7,23% dos votos. 

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Planalto

Na pesquisa Ipespe, divulgada nesta terça-feira (11), Lula teve 54% dos votos válidos, contra 46% de Bolsonaro. Eles disputarão o segundo turno da eleição no dia 30 de outubro. 

De acordo com números divulgados nessa segunda-feira (10 por outro instituto, o Ipec, o ex-presidente conseguiu 55% dos votos válidos. Bolsonaro teve 45%.

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No País, Lula teve 48% dos votos válidos (57,2 milhões) no primeiro turno da eleição, contra 43% (51 milhões) de Bolsonaro. O segundo turno entre os dois acontecerá no dia 30 de outubro. 

Confira também as pesquisas Ipec, divulgadas nesta terça-feira (11), para os governos do estado de São Paulo e de Pernambuco.

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