Onyx e Luis Miranda batem boca na Câmara após reprodução de áudio sobre vacinas
O ministro reproduziu um áudio no qual Luis Ricardo, irmão do deputado Luis Miranda, relatou suspeitas sobre a compra da vacina Covaxin. "O senhor produziu prova contra o seu argumento", disse o ministro na Câmara. "Estão brincando com a cara do povo", rebateu o parlamentar, acrescentando haver um pen drive com documentos sobre as irregularidades
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247 - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) bateram boca nessa quarta-feira (14) após membros do primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro reproduzir na Câmara um áudio no qual Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde e irmão do parlamentar, relatou suspeitas na negociação envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. Os relatos dos dois foram publicados pelo jornal O Estado de S.Paulo.
"Se o procedimento (reunião com Bolsonaro) era no dia 20, para que tinha necessidade de dizer no presente (sic) 'eu marquei, eu recebi'? É dia 22. É o seu WhatsApp", disse o ministro, dirigindo-se a Miranda, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.
"O senhor produziu prova contra o seu argumento. Conviva com ela, deputado!", continuou. "Em tese, a pessoa que é paciente de psicopatia (...) vive em um mundo paralelo. Ela não tem limite ético, nem moral: vive num mundo fantasioso", acrescentou.
Em resposta, o deputado afirmou que "estão brincando com a cara do povo brasileiro". "Tem um pen drive que foi entregue com todos os documentos, inclusive a invoice dentro, que todos os servidores sabem disso", disse.
"Quando meu irmão manda para mim dia 22 (de março), é porque na reunião com o presidente eu fico também meio perdido, sem entender essa questão. Como tem uma empresa terceira, cara? É impossível ter uma empresa terceira. E agradeço ter colocado aqui o áudio, porque o áudio dele demonstra claramente que aquilo era grave. Continua sendo grave", complementou.
Miranda havia dito à CPI da Covid que informações suspeitas contidas na primeira versão da "invoice" (nota fiscal) foram o motivo de uma reunião com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, no dia 20 de março. Entre as informações questionadas, estão o pagamento antecipado de um lote de vacinas em nome de uma offshore com sede no paraíso fiscal de Cingapura e doses em quantidade menor do que estava sendo negociado.
A compra da vacina Covaxin foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.
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