Novo iPad tem superaquecimento
Me deparei com um detalhe interessante: nos relatos, o equipamento apresenta o problema quando usado sob o sol
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Em diversos sites, lemos a notícia, já comprovada tecnicamente, de que o iPad 3 está esquentando mais que o seu antecessor. Se fosse uma temperatura maior, e apenas isso, seria apenas uma notícia de curiosidade, disponível em sites especializados para geeks. O problema está no fato que a alta temperatura vem fazendo o iPad 3 pedir um tempo para refrescar. Isso já foi registrado por diversos proprietários em fóruns, inclusive o da Apple, que respondeu que os consumidores preocupados devem fazer contato. O tempo irá dizer o número de contatos que esse problema irá gerar.
Lendo as notícias, me deparei com um detalhe interessante: nos relatos, o equipamento apresenta o problema quando usado sob o sol, mas nos benchmarks, a temperatura apresenta diferença significativa quando o processador gráfico, a GPU, está sob stress. As informações sobre o travamento sob o sol não dão conta do programa utilizado no momento da pane, mas apenas para manter a Retina Display, deve haver um uso constante da GPU.
Quem está acostumado com overclock, sabe que mexer nas frequências da CPU e GPU em busca de um melhor desempenho, resulta em maior consumo de energia e maior dissipação de calor. Vendo que a Apple aumentou a capacidade da bateria em cerca de 70%, mas que isso não resultou em aumento de autonomia, e que a temperatura do iPad 3 rodando os mesmos programas do iPad 2 é maior, imagino que o chip A5X seja uma versão overclocada do A5.
É claro não é o mesmo chip, o motor gráfico é quad-core ao invés de dual-core, mas se as diferenças de desempenho não fossem significativas, porque trocar o iPad 2 pelo iPad 3? Interessante notar que, em testes, o iPad 3 superou os concorrentes com Tegra 3 por larga margem em aplicativos gráficos. Mas o grande trunfo do iPad 3 parece ser, também, seu calcanhar de Aquiles. Sendo tão voraz em processamento gráfico, a Retina Display tornaria os dois processadores extras do A5X apenas o suficiente para um desempenho médio do tablet. Para obter uma desempenho melhor, o passo seguinte seria, então, aumentar a frequência do motor gráfico.
Se assim foi feito, culpa da concorrência. Os tablets Android com Tegra 3 já estão na área. Para não esperar o chip A6, que era o processador previsto para o iPad 3, a Apple não poderia ficar para trás, lançando na verdade não o iPad 3, mas sim um iPad 2 e ½. Talvez tivesse sido até mais honesto ter lançado a versão atual como iPad 2S.
Gostaria de ser hacker o suficiente para alterar a frequência de fábrica do processador gráfico do A5X, fazendo um underclock e vendo qual seria o resultado, em temperatura, qualidade gráfica e consumo energético. Mas é mera questão de tempo para que os geeks mexerem nisso e descobrirem se tenho ou não razão.
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