Novo comandante do Exército é general defensor de mais restrições contra a pandemia

O novo comandante do Exército, o general Paulo Sérgio Nogueira defendeu medidas mais duras contra a Covid-19. "O esforço hoje do Exército para reduzir os números de contaminação é impressionante", disse ele. O posicionamento teria irritado Jair Bolsonaro, que já violou em diversas ocasiões as recomendações de autoridades de saúde no gerenciamento da pandemia

Novo comandante do Exército, Paulo Sérgio
Novo comandante do Exército, Paulo Sérgio (Foto: Reprodução)


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247 - O general Paulo Sérgio Nogueira, anunciado nesta quarta-feira (31) pelo ministro da Defesa, Walter Braga Netto, como o novo comandante do Exército, no lugar de Edson Pujol, defendeu medidas restritivas para conter a Covid-19. o posicionamento do militar teria irritado Jair Bolsonaro, que já fez declarações públicas contra o isolamento social e violou em diversas ocasiões as recomendações de autoridades de saúde nesta pandemia. Por consequência foi alvo de vários pedidos de impeachment pelos crimes de responsabilidade cometidos no gerenciamento da maior crise sanitária da história do País. 

Em entrevista no último domingo (28) ao jornalista Renato Souza, do jornal Correio Braziliense, Paulo Sérgio disse que a segunda onda do coronavírus está preocupando mais e "está sendo pior que a primeira para o Brasil inteiro". 

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"A curva é muito mais ascendente. Aprendemos com a primeira, e, com certeza, se vier a terceira, a segunda terá nos dado lições. O esforço hoje do Exército para reduzir os números de contaminação é impressionante", disse. 

"Todo dia, nosso comandante, o general Leal Pujol, faz videoconferência conosco e recomenda para que a ponta da linha use máscara, álcool em gel, distanciamento. Não tem mais formatura militar. Quando vai fazer algum evento são 10, 20, no máximo. Agora mesmo, teve aniversário de uma companhia, e foi meia dúzia de gatos pingados", acrescentou.

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De acordo com o militar, "quando soubemos que França e Alemanha estão começando novo lockdown com esta terceira onda, imaginamos que, como ocorreu na segunda, que começa na Europa, dois meses depois se alastra por outros continentes". 

"Temos de estar preparados no Brasil. Não podemos esmorecer. É trabalhar, melhorar a estrutura física dos nossos hospitais, ter mais leitos, recursos humanos para, se vier uma onda mais forte, a gente ter capacidade de reação", afirmou. 

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'Pouco político'

Após o anúncio de Paulo Sérgio para comandar o Exército, coronéis e generais afirmaram que a troca é positiva, mas não se pode negar a falta de habilidade política do novo chefe do Exército. 

"Ele é muito querido pela tropa, é um homem da tropa, mas neste cargo é preciso ser político também", disse um coronel

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