Nova embaixadora dos EUA chega a Brasília em nove dias

Substituição de Thomas Shannon por Liliana Ayalde estava prevista há três meses. No entanto, ocorre no momento em que o Brasil exige dos Estados Unidos informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e de assessores

Substituição de Thomas Shannon por Liliana Ayalde estava prevista há três meses. No entanto, ocorre no momento em que o Brasil exige dos Estados Unidos informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e de assessores
Substituição de Thomas Shannon por Liliana Ayalde estava prevista há três meses. No entanto, ocorre no momento em que o Brasil exige dos Estados Unidos informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidente Dilma Rousseff e de assessores (Foto: Roberta Namour)


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Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Em nove dias, a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, desembarcará em Brasília. A previsão da embaixada é que ela chegue no próximo dia 15. Depois de três anos e meio, o embaixador Thomas Shannon deixa o posto hoje (6). A substituição estava prevista há três meses, mas ocorre no momento em que o Brasil exige dos Estados Unidos informações detalhadas sobre as denúncias de espionagem a dados pessoais da presidenta Dilma Rousseff, de assessores e cidadãos do Brasil.

Diplomata de carreira, Liliana Ayalde serviu no Paraguai e na Colômbia e demonstra conhecimento sobre a América Latina, a exemplo de seu antecessor. Shannon será assessor especial do secretário de Estado (o equivalente a chanceler), John Kerry.

Embaixador no Brasil desde fevereiro de 2009, nos últimos dias Shannon foi convocado duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores para dar explicações sobre as denúncias de espionagem, por agências norte-americanas, às comunicações internas do Brasil. Na semana passada, o embaixador passou cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado.

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Na conversa, Figueiredo cobrou explicações “formais e por escrito” dos norte-americanos até o fim desta semana. Na reunião com Shannon, Figueiredo disse que as suspeitas, envolvendo riscos à democracia e à solidez do Estado brasileiro são inadmissíveis. “O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir, nem em sonho, que é um país de risco ou problemático”, disse.

O governo brasileiro classificou o episódio como inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo quanto pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. As denúncias colocam em risco ainda a possibilidade de viagem de Dilma, com honras de chefe de Estado, aos Estados Unidos, em 23 de outubro. Nessa quinta-feira (5), o Planalto confirmou o cancelamento da ida a Washington, no sábado, de uma equipe que faria os preparativos da viagem.

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Ontem (5), a presidenta Dilma Rousseff se reuniu com o presidente norte-americano, Barak Obama, em São Petersburgo, na Rússia, durante a cúpula do G20 (grupo que reúne as principais economias do mundo).

Edição: Graça Adjuto

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