Na Câmara, Braga Netto não responde a questionamentos sobre a CPI da Covid

O ministro foi convidado à Câmara para falar sobre o orçamento das Forças Armadas na operação de distribuição de carros-pipa e se recusou a responder perguntas sobre a CPI

Braga Netto
Braga Netto (Foto: Isac Nóbrega/PR)


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247 - O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, preferiu manter o silêncio ao ser indagado sobre as acusações que pesam contra si na CPI do Covid, pela sua atuação, como ministro da Casa Civil, na chefia do Centro de Coordenação de Operações do Comitê de Crise da Covid-19.

Braga Netto foi à Câmara dos Deputados para participar de reunião da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), quando foi indagado sobre a CPI pelo deputado federal Jorge Solla (PT-BA), nesta terça-feira (19).

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“O nome do senhor está no centro da polêmica do relatório final (da CPI), porque os senadores possuem muitos elementos sobre sua coordenação em decisões que levaram nosso país a um grande genocídio. Não tenho dúvidas, suas palavras podem inclusive ajudá-lo a evitar ter de responder ao Ministério Público Federal sobre esses crimes que estão sendo acusados o presidente, o ministro da Saúde e tantos outros auxiliares do governo que trabalharam contigo nessa missão”, apelou Solla.

O petista indagou o ministro sobre reunião realizada em outubro do ano passado com o embaixador da Índia no Brasil, quando o general cobrou do diplomata uma intermediação para compra da vacina indiana Covaxin, quando, na mesma época, o governo brasileiro ignorava propostas de venda antecipada das vacinas da Pfizer e CoronaVac. As negociações da Covaxin estão no alvo da CPI, que apontam existência de esquema de corrupção com cobrança de propina por dose.

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“Conforme informações colhidas pela CPI, houve ordens diretas do senhor para privilegiar a Covaxin em detrimento de outros imunizantes. O senhor reconhece essas ordens? Qual argumento para essa ordem?”, cobrou Solla, sem contudo receber alguma resposta.

Solla questionou Braga Netto ainda sobre sua participação na estratégia de estabelecer protocolo de uso da cloroquina para o tratamento da doença no SUS, bem como na coordenação do chamado “gabinete paralelo”.

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“Conforme informações da CPI, abrir a discussão sobre o uso da cloroquina contra a covid-19 foi um dos seus primeiros atos na Casa Civil. Teria inclusive partido do senhor a decisão de integrar Anvisa e Ministério da Saúde ao gabinete paralelo, e foi nesse colegiado que se discutiu, segundo os relatos, com a sua liderança, a alteração via decreto presidencial da bula da cloroquina e a inclusão do remédio para tratar covid. Qual foi a participação do senhor nesse fato?”, indagou.

Como o ministro havia sido convidado à Câmara para falar sobre o orçamento das Forças Armadas na operação de distribuição de carros-pipa, ele optou por manter-se em silêncio sobre as questões pertinentes à sua atuação na Casa Civil durante a pandemia.

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