MPF aciona PGR por violência política de gênero contra Sâmia Bomfim na CPI do MST

Deputada teve o microfone cortado ao ler a notícia de uma investigação aberta pela PF contra o presidente da Comissão pela suspeita de participação em atos antidemocráticos

Sâmia Bomfim (à esq.) e Zucco
Sâmia Bomfim (à esq.) e Zucco (Foto: Câmara dos Deputados)


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247 - O Ministério Público Federal (MPF) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) por entender que a  deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) foi alvo de violência política de gênero ao participar de sessões da CPI do MST. 

De acordo com o jornal O Globo, a denúncia do MPF destaca que Sâmia teve o microfone cortado pelo tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da comissão, enquanto falava na abertura dos trabalhos do colegiado, no dia 23 de maio. 

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O microfone foi cortado por Zucco após a parlamentar iniciar a leitura de uma notícia apontando que a Polícia Federal  havia aberto uma investigação contra ele  pela suspeita de participar dos atos antidemocráticos e de caráter golpista após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial do ano passado. Sâmia ainda tinha 20 segundos de fala quando o microfone foi cortado. 

“Na manifestação, a procuradora Raquel Branquinho, que coordena o grupo de trabalho do MPF sobre violência política de gênero, afirmou que os fatos noticiados sobre a conduta de Zucco na comissão se enquadram como crime pelo Código Eleitoral. A legislação prevê pena de reclusão de um a quatro anos para quem constranger e humilhar parlamentar ou candidata por ser mulher com o objetivo de ‘impedir ou dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo’”, destaca a reportagem.

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