MPF aciona Justiça contra Bolsonaro e Wal do Açaí por improbidade administrativa

Walderice Santos da Conceição foi secretária parlamentar de Jair Bolsonaro a partir de 2003 e era usada como funcionária fantasma para desviar verbas públicas, segundo o MPF

(Foto: Reprodução)


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247 - O Ministério Público Federal (MPF) propôs, nesta terça-feira, 22, ação de improbidade administrativa contra Jair Bolsonaro (PL) e Walderice Santos da Conceição, a Wal do Açaí, amiga íntima da família e ex-secretária parlamentar da Câmara dos Deputados, que teria sido usada como funcionária fantasma para desviar verbas públicas.

O MPF pede que os dois sejam condenados pela prática de improbidade administrativa, bem como ao ressarcimento dos recursos públicos indevidamente desviados.

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O desvio de verbas teria ocorrido quando Bolsonaro era deputado federal. Wal do Açaí foi indicada pelo então parlamentar, em fevereiro de 2003, para ocupar o cargo de secretária parlamentar junto ao seu gabinete, e permaneceu lotada até agosto de 2018, ano em que Bolsonaro foi eleito presidente.

Segundo o MPF, Walderice nunca esteve em Brasília, não exerceu qualquer função relacionada ao cargo e prestava serviços particulares para Bolsonaro, como cuidados com a casa e com os cachorros de Bolsonaro na Vila Histórica de Mambucaba. Apesar de ser vedado, Wal do Açaí cuidava de uma loja de açaí na região.

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"A análise das contas bancárias de Walderice revelou, ainda, uma movimentação atípica, já que 83,77% da remuneração recebida nesse período foi sacada em espécie, sendo que, em alguns anos, esses percentuais de saques superaram 95% dos rendimentos recebidos", diz o órgão.

O MPF argumenta que Bolsonaro tinha pleno conhecimento de que Walderice não prestava os serviços correspondentes ao cargo e atestava falsamente a frequência dela ao trabalho em seu gabinete para comprovar a jornada laboral exigida pela Câmara dos Deputados: 40 horas semanais.

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Segundo o MPF, "as condutas dos requeridos e, em especial, a do ex-deputado federal e atual presidente da República Jair Bolsonaro, desvirtuaram-se demasiadamente do que se espera de um agente público. No exercício de mandato parlamentar, não só traiu a confiança de seus eleitores, como violou o decoro parlamentar, ao desviar verbas públicas destinadas a remunerar o pessoal de apoio ao seu gabinete e à atividade parlamentar".

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