MPF abre sindicância para apurar atuação de subprocuradora da PGR que gerou crise com a Lava Jato
A subprocuradora, Lindôra Araújo, é acusada de querer ter acesso a dados sigilosos da operação Lava Jato e de inspecionar os trabalhos da equipe sem aval da Corregedoria. Sua ida à Curitiba causou uma crise que já culminou na saída de três integrantes do grupo de trabalho na PGR
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247 - O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma sindicância para apurar a ida da subprocuradora-geral Lindora Araújo à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba para conseguir informações sigilosas. Responsável pela operação na Procuradoria-Geral da República (PGR), sua ida causou uma crise que já culminou na saída de três integrantes do grupo de trabalho na PGR.
Na quinta-feira, 25, a Lava Jato de Curitiba enviou um ofício à Corregedoria do MPF acusando a subprocuradora de querer ter acesso a dados sigilosos da operação e de inspecionar os trabalhos da equipe sem aval da Corregedoria.
Neste domingo, 28, Augusto Aras afirmou que a Lava Jato não é uma operação autônoma do MPF. “A Lava Jato, com êxitos obtidos e reconhecidos pela sociedade, não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal (MPF), mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internos da instituição. Para ser órgão legalmente atuante, seria preciso integrar a estrutura e organização institucional estabelecidas na Lei Complementar 75 de 1993”, disse.
Lindôra Araújo retirou sua candidatura ao Conselho Superior da Procuradoria-Geral da República (PGR), que delibera sobre a gestão do Ministério Público Federal (MPF).
“Colegas, em razão de inúmeras atividades que venho exercendo, resolvi retirar minha candidatura ao CSMPF pelo colégio de subprocuradores”, escreveu Lindora em mensagem enviada na rede interna neste domingo.
Lindora coordena o grupo da Lava Jato da PGR e é de confiança do procurador-geral Augusto Aras, que apoiava sua candidatura.
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