MPF abre inquérito para apurar privilégio dos militares na vacinação contra a covid-19
Além dos integrantes ds Forças Armadas, servidores da Abin também foram considerados grupo prioritário, mesmo aqueles que não estão na linha de frente. Explicação do governo: "manutenção da ordem"
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247 - O Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar por que os servidores das Forças Armadas e da Abin foram privilegiados na vacinação contra a Covid em Brasília.
Em sua coluna em O Globo, Lauro Jardim informa que, em reunião com integrantes do Ministério da Saúde, a procuradora Ana Carolina Roman questionou o motivo de militares, mesmo os que não estão na linha de frente do combate à pandemia, terem sido considerados como grupo prioritário.
"Recebeu como resposta que as forças são consideradas como serviço essencial para 'manutenção da ordem’”, escreveu.
Sobre a vacinação de 130 servidores da Abin em abril, o governo do Distrito Federal, responsável pela vacinação na capital, disse ao MPF que eles foram contemplados pelo "critério de exposição de risco epidemiológico decorrente do trabalho por parte desses servidores".
Desde a intervenção militar na Segurança do Rio de Janeiro, comandada pelo general Braga Netto, em 2018, parte dos integrantes das Forças Armadas têm demonstrado um apetite grande por boquinhas e privilégios.
E não gostam de dar explicação.
Recentemente, depois de arquivar processo contra o general Eduardo Pazuello, por participar de ato político bolsonarista no Rio, o comandante do Exército determinou sigilo de 100 anos na papeladas.
A explicação da autoridade é que não há interesse público na investigação de um ato que representa a violação do regimento do Exército.
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