MP suspende audiência sobre o Plano Urbanístico
Promotores temiam a aprovao equivocada da minuta do projeto de lei; Iphan dever analisar os documentos antes da audincia pblica ser realizada
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Brasília 247 – Foi adiada a audiência pública convocada pela Secretaria de Habitação para apresentar a minuta do Projeto de Lei Complementar referente ao Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB). O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), barraram a audiência para que os documentos fossem validados pelos órgãos competentes.
Para os promotores de Justiça, a audiência, que seria realizada no dia 31 de março, serviria para dar "aparência de legalidade para aprovar a alteração do sítio arqueológico tombado como monumento cultural". De acordo com a Decisão, a audiência só poderia ocorrer depois que a população tivesse acesso "à integralidade dos documentos e estudos produzidos desde o início do procedimento referente à elaboração do PPCUB".
Esses documentos deveriam trazer ainda as "justificativas técnicas para as alterações de uso e ocupação do solo propostas na minuta a ser encaminhada, em especial os que justifiquem tecnicamente as mudanças propostas". Além disso, a audiência pública só poderia ser convocada depois que os documentos produzidos fossem encaminhados, analisados e devidamente aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico (Iphan), o que não ocorreu.
Diante dos argumentos apontados pelo Ministério Público, a Justiça Federal decidiu que sejam respeitadas as atribuições e competências dos órgãos incumbidos de preservar os sítios culturais, o processo de alteração do ordenamento territorial de Brasília deve ser interrompido até que as manifestações dos órgãos e autoridades sejam atendidas.
Na sentença, o juiz da 9ª Vara Federal do Distrito Federal afirmou que "É fato conhecido que a Capital da República sofre com a atuação predatória das incorporadoras que pretendem obter ganhos e aos poucos vão invadindo o sítio arqueológico, tendo já conseguido descaracterizar a área de oficinas sul, com a construção de inúmeros edifícios, alterando a destinação original de serviços para residencial". A audiência pública está suspensa até segunda ordem do Poder Judiciário Federal.
Com informações do MPDFT.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247