MP aponta corrupção do governo Bolsonaro na compra superfaturada da vacina indiana Covaxin

A dose da Covaxin negociada pelo governo é a mais cara e o processo de aquisição do imunizante foi o mais célere de todos, com participação direta de Jair Bolsonaro

(Foto: ABr)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – Além de já ter cometidos vários crimes de responsabilidade, ataques às instituições e quebras de decoro praticamente diárias, o governo de Jair Bolsonaro será também marcado pela corrupção na compra de vacinas, especialmente no caso da indiana Covaxin, cuja dose custa um dólar e 34 centavos, mas foi comprada celeremente por 15 dólares.
"O Ministério Público Federal (MPF) identificou indícios de crime na compra feita pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin e vai investigar o caso também na esfera criminal — até então, o caso vinha sendo apurado em um inquérito na área cível. A dose da Covaxin negociada pelo governo é a mais cara entre todas as que foram contratadas pelo Ministério da Saúde, e o processo de aquisição do imunizante foi o mais célere de todos, apesar dos alertas sobre 'dúvidas' em relação à eficácia, à segurança e ao preço da Covaxin. O contrato para a compra da vacina indiana totalizou R$ 1,6 bilhão", aponta reportagem de Leandro Prazeres e Mariana Muniz, publicada no Globo.

"Os indícios de crime foram mencionados pela procuradora da República Luciana Loureiro, que vinha conduzindo as investigações na esfera cível. Em despacho assinado no último dia 16, a procuradora disse que 'a omissão de atitudes corretivas' e o elevado preço pago pelo governo pelas doses da vacina tornam necessária a investigação criminal. O contrato foi firmado entre o Ministério da Saúde e a empresa Precisa, que representa o laboratório indiano Bharat Biotech", apontam ainda os repórteres.

continua após o anúncio

“A omissão de atitudes corretivas da execução do contrato somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa Precisa e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto cível e criminal, uma vez que, a princípio, não se justifica a temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde com essa contratação, a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público”, escreveu a procuradora.

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e saiba mais:

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247