Movimentos sociais prometem novo protesto contra a Copa

Membros do Comitê Popular da Copa anunciaram nesta quarta (28), em entrevista coletiva, que realizarão um novo ato na próxima sexta-feira (30), em Brasília, para dar continuidade à manifestação interrompida ontem após confronto entre manifestantes e Polícia Militar (PM); manifestação de sexta está marcada para as 17h, em frente ao Museu da República

Membros do Comitê Popular da Copa anunciaram nesta quarta (28), em entrevista coletiva, que realizarão um novo ato na próxima sexta-feira (30), em Brasília, para dar continuidade à manifestação interrompida ontem após confronto entre manifestantes e Polícia Militar (PM); manifestação de sexta está marcada para as 17h, em frente ao Museu da República
Membros do Comitê Popular da Copa anunciaram nesta quarta (28), em entrevista coletiva, que realizarão um novo ato na próxima sexta-feira (30), em Brasília, para dar continuidade à manifestação interrompida ontem após confronto entre manifestantes e Polícia Militar (PM); manifestação de sexta está marcada para as 17h, em frente ao Museu da República (Foto: Valter Lima)


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Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil

Membros do Comitê Popular da Copa anunciaram hoje (28), em entrevista coletiva, que realizarão um novo ato na próxima sexta-feira (30), em Brasília, para dar continuidade à manifestação interrompida ontem (27) após confronto entre manifestantes e Polícia Militar (PM).

A manifestação de sexta-feira está marcada para as 17h, em frente ao Museu da República, na área central da capital.
O comitê reiterou durante a entrevista que o tumulto de ontem foi iniciado pela Polícia Militar (PM). "O tenente coronel Moreno, indicado como comandante da operação, conhecia nosso trajeto. Nossas intenções eram pacíficas, não tínhamos o menor interesse de enfrentamento com o governo. A violência partiu do Estado e o resultado foi esse: pessoas machucadas", disse Thiago Ávila, membro do comitê.

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Outro integrante do grupo, Rodolfo Mohr, explicou que o movimento tem se esforçado para orientar os participantes dos atos a não incitar a violência. "Nossos objetivos estão sendo organizados em plenárias em todo o Distrito Federal (DF). Discutimos o melhor caminho para atingir esses objetivos e muitos atos são pacíficos. Esse é um trabalho de conscientização difícil de ser feito. Nós não vamos a passeatas pedindo bomba e spray".

Além do comitê, representantes de mais dois movimentos que participaram da manifestação de ontem, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e indígenas, conversaram com os jornalistas e mostraram as marcas do dia anterior. "Em momento nenhum fomos nós que procuramos o confronto. Nosso objetivo era a caminhada pacífica, não somos vândalos", explicou o índio Cretan, da etnia Kaingang. Os índios reivindicam a demarcação de terras em várias regiões do Brasil.

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Enquanto um lado se queixa da truculência da polícia e do descumprimento do combinado, do outro, a PM rebate, dizendo o contrário. Após a confusão, o coronel Jaílson, comandante da operação, disse que o acordo foi descumprido primeiro pelos manifestantes, que atiraram pedras e flechas. "Um policial nosso foi atingido por uma flechada e outros por pedradas, foi isso de desencadeou o problema", disse.

O cacique Marcos, índio Xucuru, disse não saber quem disparou a flecha que acertou o policial, mas, ainda assim, tentou explicar o ocorrido. "Não sei quem atirou a flecha, em que situação aconteceu. Mas temos muitos indígenas que sequer falam português. Imaginam eles se sentindo ameaçados pelo Estado? Eles reagem em legítima defesa". Ele explicou ainda que a presença de arcos, flechas e burdunas na manifestação faz parte da cultura indígena durante suas danças e que portarem esses objetos não constitui uma ameaça contra a polícia.

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Edson da Silva, do MTST, reiterou a presença do movimento nos protestos. "Vamos estar na rua de novo. Não é com bomba que vão parar as manifestações, é com diálogo e com respeito". Em evento realizado na manhã de hoje, o governador do DF, Agnelo Queiroz, repetiu o discurso da polícia e condenou manifestações violentas. "Brasília é uma cidade acostumada a manifestações o ano inteiro, manifestações pacíficas. Não vamos aceitar manifestações violentas, não vamos permitir."

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