Moro reclama e diz que vai recorrer da decisão que mantém denúncias de Tacla Duran no STF
Advogado denunciou que Moro e Deltan Dallagnol mantinham um esquema de venda de sentenças na Lava Jato. Ele teria sido perseguido por não aceitar pagar os valores exigidos
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247 - O ex-juiz parcial e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) reclamou nesta terça-feira (11) da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski que mantém o caso das denúncias do advogado Tacla Duran sobre a condução da Corte.
"A manifestação da PGR acolhida pelo Min. Ricardo Lewandowski contraria precedentes do próprio STF relativos ao foro privilegiado. Ressalto que o processo com as falsas acusações não é de competência do Supremo, visto que os fatos inventados seriam anteriores ao meu mandato de senador. Por essas razões, aliás, já disse que abro mão do privilégio e luto no Senado para o fim dessa excrescência jurídica, verdadeira causa de impunidade. Recorrerei tão logo tenha acesso aos autos", publicou Moro no Twitter.
Na TV 247 nesta terça, o jornalista Joaquim de Carvalho destacou que a manutenção do caso no STF atende parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) e explicou: "os supostos crimes - e é isso que o Lewandowski fala - atribuídos ao Sergio Moro se prolongaram no tempo. Isso que é importante da decisão dele. O Moro, como ministro da Justiça, atuou para prejudicar o Tacla Duran, porque o Ministério da Justiça segurou documentos, não informou a defesa do Tacla Duran sobre procedimentos que tinham sido tomados, prejudicando a defesa. Portanto, continuava a usar o poder dele para perseguir o Tacla Duran. O que diz o Lewandowski, tecnicamente? Como há indícios de que ele cometeu os supostos crimes no Ministério da Justiça, quando era ministro, e depois como senador, o caso fica aqui [no STF]. E o Deltan Dallagnol fica por conexão”.
Ainda segundo Carvalho, Moro "quer escolher o juiz" que o julgará "porque sabe o que fez, sabe que pode ser complicado. Ele sabe que se houver uma investigação para valer ele vai para a cadeia".
Tacla Duran acusa Moro e o ex-procurador e deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) de participarem de um esquema de venda de sentenças na Lava Jato. Ele teria pago US$ 613 mil para não ser perseguido e, por não aceitar dar outros valores exigidos, teve sua prisão decretada pelo então juiz Sergio Moro.
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