Moraes pede vista e pauta de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão é adiada

Com o placar de 3 votos a 2 em favor das investigações que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e de Hamilton Mourão, o TSE interrompeu na noite desta terça-feira, 9, o julgamento do caso após pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes

Bolsonaro e Mourão participam de cerimônia em Brasília 28/03/2019
Bolsonaro e Mourão participam de cerimônia em Brasília 28/03/2019 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)


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Sputnik Brasil - Julgamento de ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que podem resultar na cassação da chapa presidencial Bolsonaro-Mourão foi adiado nesta terça-feira (9) após pedido de vista de Alexandre de Moraes.

O TSE julga se houve participação da chapa - e possível benefício eleitoral - em um ataque digital a uma página virtual criada em 2018 por mulheres contrárias ao então candidato Jair Bolsonaro. 

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Essa é a segunda vez que a análise das ações é adiada. Em 2019, o relator do caso, ministro Og Fernandes, manifestou-se por sua improcedência. Ele considerou que a invasão da página ocorreu, mas não era possível identificar a participação ou cumplicidade de Bolsonaro. À época, o ministro Edson Fachin pediu vista. 

Na retomada de seu voto nesta terça-feira (9), ele pediu a reabertura da fase de provas do processo. Os autores das duas ações, apresentadas pelas coligações Unidos para Transformar o Brasil (Rede/PV), de Marina Silva, e Vamos Sem Medo de Mudar o Brasil (PSOL/PCB), de Guilherme Boulos, tinham solicitado uma perícia, mas Og Fernandes negou, argumentando que a Polícia Civil da Bahia estava investigando o caso. 

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Hoje, Fachin disse que a polícia baiana não concluiu a apuração e pediu a reabertura da fase de provas do processo, para só depois retomar o julgamento. 

'Mulheres com Bolsonaro'

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Ao seu lado, ficaram os ministros Tarcísio Vieira e Carlos Velloso Filho. O ministro Luís Felipe Salomão divergiu. Alexandre de Moraes, por sua vez, pediu vista para pensar melhor no assunto e o julgamento foi adiado mais uma vez. Não há data para que o caso volte a ser discutido. 

Em setembro de 2018, o grupo virtual "Mulheres Unidas contra Bolsonaro", que tinha mais de 2,7 milhões de pessoas, sofreu ataque de hackers. O conteúdo da página foi alterado, com mensagens de apoio ao então candidato do PSL ou de teor ofensivo, e seu título modificado para "Mulheres com Bolsonaro #17". Além disso, participantes que criticaram Bolsonaro passaram a ser excluídos. 

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Após o ataque, Bolsonaro publicou em seu perfil oficial no Twitter a mensagem "Obrigado pela consideração, mulheres de todo o Brasil". 

Outras ações no TSE

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As duas ações não são as únicas que tramitam no TSE envolvendo a chapa formada por Bolsonaro e seu vice, Hamilton Mourão.

Outras quatro apuram supostas irregularidades na contratação do serviço de disparos em massa de mensagens pelo aplicativo WhatsApp durante a campanha eleitoral.

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O Tribunal decidirá se o material do inquérito das fake news, investigação solicitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar rede de milícia digital, podem ser anexados aos processos.

Outra ação investiga a instalação de outdoors em apoio a Bolsonaro em pelo menos 33 municípios de 13 estados. Há ainda um caso que apura o uso indevido de meios de comunicação, no qual Bolsonaro foi absolvido, mas resta recurso em julgamento. 

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