Moraes pede para PGR se manifestar sobre suposta interferência de Bolsonaro nas investigações sobre corrupção no MEC
O ministro do STF Alexandre de Moraes analisou um pedido feito por Randolfe Rodrigues após um áudio apontar que Jair Bolsonaro alertou Milton Ribeiro sobre uma operação da PF
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247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um pedido para investigar Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Polícia Federal durante as investigações sobre o esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação (MEC). De acordo com o portal G1, o magistrado analisou um pedido feito pelo líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após a divulgação de intercepção telefônica apontar que Bolsonaro alertou Milton Ribeiro de que o ex-ministro da Educação poderia ser alvo de busca e apreensão.
Ao STF, o parlamentar da Rede-AP afirmou que há indícios de "suposta nova interferência do Presidente da República Jair Bolsonaro na Polícia Federal" e pediu que sejam adotadas "as medidas cabíveis a fim de evitar interferências indevidas da cúpula do Poder Executivo nas atividades-fim da Polícia Federal".
Foi o terceiro pedido que o STF enviou para a PGR avaliar se há indícios contra Bolsonaro no escândalo do MEC. A ministra Cármen Lúcia encaminhou para a Procuradoria pedidos feitos pelos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Israel Batista (PSB-DF) para que Bolsonaro seja investigado.
A PF iniciou as investigações após a divulgação de um áudio, em março, quando Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.
Policiais prenderam Milton Ribeiro, os dois pastores, o ex-assessor do MEC Luciano Musse, e Helder Bartolomeu, ex-assessor na Prefeitura de Goiânia e genro de Arilton.
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