Ministros do STF dizem que dossiê dos ‘antifascistas’ foi encomendado no dia em que Sergio Moro anunciou demissão

Durante o julgamento que decide a legalidade do dossiê contra antifascistas, do Ministério da Justiça, ministros do STF disseram não poder responsabilizar o atual ministro, André Mendonça, porque o documento foi requisitado em 24 de abril, quando Sergio Moro pediu demissão da pasta

Sergio Moro e STF (Supremo Tribunal Federal)
Sergio Moro e STF (Supremo Tribunal Federal) (Foto: Agência Brasil)


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247 - Os ministros do Supremo Tribunal Federal afirmaram nesta quinta-feira (20), durante julgamento sobre a legalidade do dossiê contra ativistas antifascistas elaborado pelo Ministério da Justiça do governo Bolsonaro que o atual titular da pasta, André Mendonça, não pode ser responsabilizado pelo documento, pois ele foi requisitado no dia 24 de abril, quando Sergio Moro pediu demissão.

A informação veio à tona durante o voto do ministro Edson Fachin. O ministro chamou atenção para o fato de que “o relatório inicia com pedido de busca em 24 de abril deste ano”. A nomeação de Mendonça aconteceu quatro dias depois. Votando em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou: “o Dr. Mendonça não teve qualquer ligação com esses eventos, porque esses fatos seriam anteriores sequer à sua própria designação”. Toffoli também isentou Mendonça: “não era algo que ele criou”.

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Questionado, o ex-ministro informou por sua assessoria de imprensa que “desconhece qualquer relatório de inteligência sobre movimentos antifascistas produzido durante a sua gestão”, de acordo com o site O Antagonista.

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