Ministro da Justiça nega motivação política em operação contra aliados de Arthur Lira

Flávio Dino afirma ter sido avisado sobre a operação, mas ressalta que não influenciou sua realização

Flávio Dino
Flávio Dino (Foto: Pedro França/Agência Senado)


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247 - O ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou em entrevista à Globonews nesta terça-feira (6) que foi informado sobre a operação da Polícia Federal que visou aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enquanto ela já estava em andamento. Dino negou veementemente qualquer motivação política por trás da ação. Segundo ele, o procedimento ocorreu de acordo com o protocolo de "absoluta normalidade" e que ele apenas forneceu orientações básicas.

A operação, realizada na última quinta-feira, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa suspeita de cometer crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro em Alagoas. As investigações revelaram que a compra superfaturada de kits de robótica resultou em um prejuízo de R$ 8,1 milhões aos cofres públicos, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao Ministério da Educação (MEC).

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Diante do contexto de dificuldades na articulação política do governo no Congresso Nacional, Flávio Dino foi questionado sobre a possibilidade de motivação política por trás da operação. O ministro negou veementemente essa hipótese, ressaltando que não cabe a ele nem ao presidente autorizar tais ações. Ele enfatizou que não houve qualquer tipo de orientação política para acelerar ou retardar as investigações envolvendo Arthur Lira.

“Não se trata de avisar o presidente da República a não ser que tenha uma circunstância. Nós já tínhamos marcado uma reunião e comentei na ocasião. Não cabe a mim nem ao presidente autorizar. Acho esquisito alguém imaginar que eu tenha algum contato com o ministro André Mendonça, são processos que já existem e algum momento andam. Não houve nenhum tipo de orientação política para que as ações envolvendo Arthur Lira andassem mais rápido ou mais devagar”, complementou. 

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Posteriormente, o ministro enfatizou a total autonomia da Polícia Federal para agir,  ressaltou que não interfere no mérito das investigações nem na definição dos locais onde as ações serão realizadas.

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