Ministério da Educação deve começar a ouvir alunos sobre novo ensino médio em 8 de maio

Representantes do governo federal pretendem ouvir até 100 mil alunos do ensino médio somente no dia 8 de maio

Protesto contra projeto aprovado no governo Michel Temer, o atual ministro da Educação, Camilo Santana, e a presidente da Ubes, Jade Beatriz
Protesto contra projeto aprovado no governo Michel Temer, o atual ministro da Educação, Camilo Santana, e a presidente da Ubes, Jade Beatriz (Foto: TVCA-Reprodução / Marcelo Camargo-Agência Brasil / Divulgação)


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247 - O Ministério da Educação (MEC), comandado por Camilo Santana, definiu parte do cronograma para atividades públicas das consultas planejadas sobre o novo ensino médio, proposta criticada por estudantes. Representantes do governo federal pretendem ouvir até 100 mil alunos do ensino médio somente no dia 8 de maio, o que deve ocorrer por meio do WhatsApp, de acordo com informações publicadas nesta terça-feira (18) pelo jornal Folha de S.Paulo. Em 5 de março, a administração federal suspendeu a proposta. 

Defensores do projeto (Lei nº 13.415/2017), aprovado no governo Michel Temer, argumentam que a proposta direciona melhor os estudantes para o mercado. Pessoas contrárias avaliam que a interdisciplinaridade do conhecimento é necessária, mas, pela forma como foi elaborada, aumenta a possibilidade de os conteúdos serem discutidos superficialmente, o que, na prática, prejudica o senso crítico dos estudantes. 

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A secretária-executiva do MEC, Izolda Cela, disse que a escuta será qualificada, com QR codes direcionados a públicos estratégicos e um conjunto de perguntas estruturadas.

Integrantes do MEC estão negociando audiências públicas presenciais em parceria com entidades como a Ubes (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) e a Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação).

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Membros da pasta da Educação farão outra consulta, dessa vez geral a população inteira, na plataforma Participa Mais Brasil. Isso deve ocorrer a partir de 24 de abril, quando o cronograma de todas as facetas da consulta pública será divulgado.

No Encontro Anual Educação Já, Izolda confirmou nesta terça que "dia 24 vai ser disponibilizado a programação dessa consulta, que vai constar de pesquisas, quantitativas e qualitativas, com uma pesquisa mais direcionada para juventude, inclusive via WhatsApp".

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O projeto

Na proposta, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ocupará 60% do total de horas letivas, o equivalente a 1.800 horas divididas no ensino médio (1º, 2º e 3º). Os outros 40% do currículo são preenchidos pelos Itinerários Formativos, em que o estudante escolhe a área de conhecimento de sua preferência. 

No projeto, a divisão do conteúdo mudou. Não é uma divisão por matérias, mas sim por quatro áreas do conhecimento, como é feito na divisão do Enem: Linguagens e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Inglês, Artes e Educação Física); Matemática e suas Tecnologias (Matemática); Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Química e Física), e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Sociologia e Filosofia).

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Alunos veem todas as áreas do conhecimento no Ensino Médio obrigatoriamente, mas em algum dos anos podem acabar não estudando todas elas. Só Matemática e Língua Portuguesa continuaram obrigatórias.

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