Militares lotados na Presidência participaram do acampamento golpista em frente ao QG do Exército em Brasília

Além disso, alguns deles ainda faziam parte de grupos de WhatsApp usados para compartilhar mensagens antidemocráticas e ameaças ao presidente Lula

Bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército
Bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército (Foto: Ag. Brasil)


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247 - Relatório em posse do Ministério da Justiça identifica pelo menos oito militares da ativa lotados na Presidência da República durante o governo Jair Bolsonaro (PL) que, no ano passado, participaram do acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, informa a Folha de S. Paulo.

Alguns destes oficiais ainda faziam parte de grupos de WhatsApp usados para compartilhar mensagens antidemocráticas e ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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"O relatório foi produzido durante a transição de governo com base em conversas obtidas de grupos de WhatsApp. Os militares estavam alocados em especial no GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência durante a gestão do general Augusto Heleno, um dos principais aliados de Bolsonaro", diz a reportagem.

Entre os engajados com o acampamento golpista estão o major Alexandre Nunes, apontado como sendo do Exército, o sargento da Marinha Márcio Valverde e o 'sargento Azevedo', da Aeronáutica. 

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Ronaldo Ribeiro Travasso, Estevão Soares, Thiago Cardoso, Marcos Chiele e Fernando Carneiro Filho também aparecem no documento. Todos são da Marinha.

Outro lado

Thiago Cardoso: "não fui fardado e em nenhum momento me pronunciei ou me manifestei. Fui como um cidadão cristão que defende valores e direitos para fazer orações e conversar com as pessoas. Não concordo com qualquer ilegalidade e jamais concordaria com qualquer prática criminosa. Nesse quesito, posso falar em nome da maioria das pessoas que tive conhecimento de estar ali".

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Estevão Soares: "de forma alguma concordo ou defendo qualquer postura antidemocrática ou de natureza violenta. Pauto-me pela discrição, princípio e conduta ilibada e disciplinada que sempre tive como cristão e cumpridor das prerrogativas militares".

Os outros citados não se manifestaram.

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A Marinha afirmou não ter sido notificada sobre a eventual prisão de servidores por envolvimento em atos antidemocráticos, mas falou de forma genérica em punir aqueles que apresentaram desvio de conduta: "nesse sentido, as providências são tomadas de acordo com o caso concreto, após conclusão de eventual processo administrativo disciplinar, com o exercício da ampla defesa e do contraditório, para, se for o caso, aplicação de sanções pertinentes".

Exército, Secretaria de Imprensa da Presidência e Ministério da Defesa não se manifestaram. A Aeronáutica disse que só se expressaria se fosse informado o nome completo do militar citado na reportagem.

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