Mergulho no colo do centrão pode explicar inutilidade de Moro para Bolsonaro
A explicação para o novo embate com Sergio Moro, que ostentava um silêncio sepulcral, pode estar na guinada de Bolsonaro à política velha. O ex-capitão mergulhou no colo do centrão temendo o processo de impeachment e essa mudança o obriga a desfazer certos acordos tácitos
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247 - Com Sérgio Moro impondo várias condições à permanência no cargo, Jair Bolsonaro fez os cálculos mais imediatos: a serventia de Moro deixou de ser vital. O embate pelo controle da Polícia Federal, escancarado nas notícias de que Moro não abre mão de indicar o comando da corporação, é uma ferida aberta dentro do bolsonarismo.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que “na campanha de 2018, Bolsonaro se tornou, por falta de opção, o candidato natural da militância de direita, formada no auge das sessões em que Moro agia de forma implacável nos julgamentos da Lava Jato. A decisão do então juiz de Curitiba de aceitar a pasta unificada da Justiça e da Segurança Pública, dois ministérios em um, foi considerada como um “gol de placa” de Bolsonaro – o deputado do baixo clero nunca fora reconhecido como um estrategista político. Com uma canetada, ele trazia para debaixo de seu guarda-chuva o nome mais popular de um movimento.”
A matéria ainda sublinha: “a semana tem sido intensa. As negociações de Bolsonaro com lideranças do Centrão antecederam o imbróglio envolvendo Moro. Bolsonaro flertou com nomes escrachados nas redes sociais, como Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson. Por muito menos, o presidente foi violentamente atacado por sua militância em janeiro, quando ensaiou tirar a área da Segurança Pública do ministro da Justiça e entregar para o aliado Alberto Fraga, ex-deputado do DEM. “Vai trocar o Moro pelo Fraga?”, foi uma contestação dura enfrentada por Bolsonaro no Twitter.”
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