Marinho diz que PL deve votar contra reforma tributária na Câmara

Senador afirmou que a posição do partido é de que a votação deve ser realizada após o recesso do Congresso para que os parlamentares e a sociedade tenham mais tempo para analisar

Senador Rogério Marinho
Senador Rogério Marinho (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


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Reuters - O líder da oposição no Congresso, senador Rogério Marinho (PL-RN), disse nesta quinta-feira que os parlamentares do PL na Câmara dos Deputados devem votar contra o projeto da reforma tributária caso seja levado para votação no plenário da Casa ainda nesta quinta.

"O que foi definido hoje é que, caso a votação se encaminhe apesar dos apelos e do bom senso que estamos preconizando aqui... o PL provavelmente vai votar contra", disse Marinho a repórteres.

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O senador afirmou que a posição do partido é de que a votação deve ser realizada após o recesso do Congresso para que os parlamentares e a sociedade tenham mais tempo para analisar os "impactos" do texto da reforma.

"Acredito que, pelo bem do país, era importante que nós tivéssemos a oportunidade de aguardarmos os impactos que esse texto finalizado vai ocasionar no conjunto da sociedade brasileira", acrescentou.

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Marinho disse que o PL deseja um texto que "se adeque ao discurso que está sendo feito", defendendo que haja justiça tributária, simplificação da questão burocrática e garantia de diminuição da carga tributária para aqueles que "menos ganham".

"Se demorou 50, 60 anos para votar, por que não aguardar dois ou três meses?", disse.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que telefonará nesta quinta-feira ao ex-presidente Jair Bolsonaro em um esforço para que o PL não feche questão contra a reforma tributária, que deve ser votada em primeiro turno nesta noite na Casa.

"O nosso apelo, e hoje algumas pessoas, inclusive eu, vão fazer uma ligação ao ex-presidente Bolsonaro... para que pelo menos o PL não feche questão, que é uma coisa normal, lícita, partidária", disse Lira em entrevista à BandNews TV

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Bolsonaro se posicionou publicamente e de forma firme contra a reforma tributária e participou nesta quinta de uma reunião com a bancada do PL -- a maior da Câmara com 99 deputados.

Mais cedo, em entrevista à GloboNews, o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), disse que Bolsonaro dará o tom da posição a ser adotada pela sigla.

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Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma tributária precisa dos votos favoráveis de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação para então ir ao Senado, onde necessitará do aval de 49 dos 81 senadores também em dois turnos para ser promulgada.

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