Marcos do Val deixa CPI do 8 de janeiro e diz que vai se licenciar por orientação médica

Senador é aconselhado a afastar-se temporariamente do mandato após mal-estar durante depoimento na comissão parlamentar de inquérito

Senador Marcos do Val confessa que mentiu para manipular a justiça
Senador Marcos do Val confessa que mentiu para manipular a justiça (Foto: Reprodução/YouTube Rony Teles)


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247 — O senador Marcos do Val (Podemos) anunciou nesta quarta-feira (21) que irá se licenciar da CPI do 8/1 por recomendação médica, informou a Folha de S.Paulo. Ele passou mal durante sua participação na comissão no dia anterior e, de acordo com sua assessoria, foi aconselhado pela equipe médica a se afastar "imediatamente" das atividades parlamentares para cuidar de sua saúde.

No momento do incidente, Do Val encontrava-se em seu gabinete no Senado, quando precisou acionar o serviço médico da Casa. Relatos indicam que o parlamentar sofreu um pico de pressão arterial. Poucas horas antes, ele havia prestado depoimento na CPI do 8/1, abordando a operação de busca e apreensão na qual foi alvo na semana anterior.

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A vaga de Do Val na CPI será ocupada pelo senador Marcos Rogério (PL-RO), que já havia participado da CPI da Covid no ano de 2021. Marcos Rogério retornou ao Senado na semana passada após um afastamento de seis meses.

Em comunicado, Marcos do Val afirmou que a escolha de Marcos Rogério foi uma das condições para que ele concordasse em se afastar do Senado. O senador destacou que Rogério é conhecido por sua defesa dos ideais conservadores e do Brasil.

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A duração exata da licença de Do Val ainda será definida após avaliação médica. A assessoria de imprensa do senador informou que ele buscará recuperar sua saúde o mais rápido possível, a fim de retornar às suas atividades parlamentares com energia e determinação renovadas.

Do Val vinha enfrentando pressões para deixar a CPI do 8/1 desde a operação realizada pela Polícia Federal na semana passada, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). As buscas ocorreram em endereços do senador em Brasília e Vitória, incluindo seu gabinete no Senado. Além disso, suas redes sociais foram bloqueadas por ordem judicial.

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A investigação contra Do Val foi iniciada após ele realizar uma transmissão ao vivo na qual afirmou que a revista Veja publicaria uma reportagem revelando que o presidente Bolsonaro tentou coagi-lo a participar de um "golpe de Estado" e gravar um ministro do STF. No entanto, horas depois, o senador recuou da acusação direta e declarou que Bolsonaro apenas havia ouvido o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira. Em uma das versões apresentadas, Do Val afirmou ter exposto o suposto plano golpista de Bolsonaro a Moraes, com o objetivo de comprometer o magistrado e forçá-lo a se afastar dos inquéritos em andamento.

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