Mais proteção para mulher
156 tem treinamento especfico para orientar mulheres vtimas de crimes previstos na Lei Maria da Penha; para se informar ligue para 156 e digite a opo 6
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Agência Brasília - A Secretaria de Estado da Mulher e a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) lançaram o Disque 156 (opção 6), um canal telefônico de atendimento a mulheres vítimas de violência. O serviço conta com três linhas exclusivas e seis atendentes treinadas para oferecer orientações e informações sobre todos os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha.
A primeira-dama do DF, Ilza Queiroz, destacou a importância da iniciativa. “Sou médica ginecologista e, como tal, atendi várias mulheres vítimas deste problema. É triste saber que elas têm grande dificuldade de fazer a denúncia porque, muitas vezes, o agressor era seu companheiro”, enfatizou. “Percebi que os danos psicológicos acabam sendo maiores que os físicos", acrescentou a primeira-dama, que reforçou: “Reduzir os índices de violência contra a mulher e garantir atendimento integral são algumas das prioridades da atual gestão”.
“A intenção da central de atendimento é responder às demandas da mulher vítima de violência no DF”, reforçou a secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia Ferreira. “É evidente o compromisso do Governo do Distrito Federal na articulação dos equipamentos públicos responsáveis por essa questão.”
Funcionamento
A central telefônica funciona de segunda a sexta-feira, de 7h as 19h, e nos fins de semana e feriados, das 8h às 18h. Nos demais horários, uma gravação informa o telefone da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e orienta a vítima a procurar a delegacia mais próxima. A central registra o número e a localidade de onde veio a ligação e profissionais do Centro de Referência de Atendimento às Mulheres retornam a chamada. Esses dados são mantidos em sigilo.
O serviço começou a funcionar em 30 de março e já conta com uma média de dois atendimentos por dia. Por enquanto, só aceita ligações de telefones fixos.
Pesquisa
Em janeiro deste ano, a Secretaria de Estado da Mulher fez uma pesquisa com 2.875 mulheres em nove cidades do DF. Noventa por cento das entrevistadas disseram que conheciam a Lei Maria da Penha, mas, quando perguntadas sobre o conteúdo da lei, a maior parte delas não sabia do que se tratava.
Só em 2012, até 31 de março, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) registrou 908 ocorrências pela Lei Maria da Penha. Em 2011, o número de denúncias registradas pela Deam foi 3.198. Somando dados de todas as delegacias do DF, foram mais de 11 mil ocorrências no ano passado. “O número de registros tem aumentado significativamente. O suporte do governo é determinante para que as mulheres tomem coragem de denunciar”, destacou a secretária Olgamir Amancia. “A denúncia é a grande possibilidade que a mulher tem de dar um basta na violência. É uma ilusão achar que o agressor vai mudar. Ele precisa ser reeducado para que tenha um olhar diferente na resolução de conflitos”, acrescentou.
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