Maioria do STF defende que Estado tem direito de obrigar vacina contra Covid-19

“Ao menos sete ministros já sinalizaram nos bastidores que são a favor de o Estado poder impor a vacinação obrigatória”, segundo reportagem da Folha de S.Paulo

(Foto: REUTERS/Tingshu Wang | Divulgação)


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247 - A maioria dos magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) defende que o Estado pode obrigar a população a tomar a vacina contra a Covid-19, segundo reportagem na Folha de S.Paulo. O tribunal irá julgar ações sobre a obrigatoriedade da imunização, mas o presidente da Corte, Luiz Fux, ainda não decidiu quando.

A reportagem da Folha, indica que, “ao menos sete ministros já sinalizaram nos bastidores que são a favor de o Estado poder impor a vacinação obrigatória”. A matéria afirma também que ninguém se posicionou em defesa da opinião contrária.

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Julgamento no STF

No dia 23, o ministro Ricardo Lewandowski determinou urgência na tramitação de três ações ligadas à vacinação contra a Covid-19.

A primeira ação é do PDT, que quer autorizar estados e municípios a obrigarem a população a se vacinar, mesmo contra determinação do governo de Jair Bolsonaro.

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Outra ação, do PTB, do bolsonarista Roberto Jefferson, quer derrubar trecho da lei de enfrentamento da pandemia, aprovada no início do ano, que permite a vacinação obrigatória.

A última ação é da Rede, pedindo que o STF obrigue o governo federal a comprar a CoronaVac, vacina chinesa elaborada no Brasil em parceria com Instituto Butantan e que é atacada por Bolsonaro, que cancelou a compra de 46 milhões de doses feita pelo Ministério da Saúde.

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As decisões caberão ao plenário do Supremo, após chegada de manifestações da Procuradoria-Geral da República e da Advocacia-Geral da União.

O ministro ainda pediu que Bolsonaro se manifeste sobre as três ações. Ele decidiu pedir informações a Bolsonaro antes de analisar os pedidos feitos nos processos.

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Bolsonaro x vacina

Nesta segunda-feira, 26, Bolsonaro disse que não entende a “pressa” no desenvolvimento de uma vacina. Ele também questionou seus apoiadores em conversa matinal se não seria mais barato e prático “investir na cura do que na vacina”, citando a hidroxicloroquina.

“O que nós queremos é buscar a solução para o caso. Agora, pelo que tudo indica, a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos, eu não sei porque correr em cima dessa”, declarou Bolsonaro, que questionou ainda: “não é mais fácil e barato investir na cura do que na vacina? Ou jogar nas duas, mas também não esquecer da cura? Eu, por exemplo, sou uma testemunha [da cura]. Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram a ivermectina, outros tomaram annita e deu certo”.

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As duas drogas defendidas por Bolsonaro não têm comprovação científica de eficácia para tratar o novo coronavírus. Ele também criticou a ‘judicialização’ da discussão sobre a vacina. Para ele, “não pode um juiz decidir se você pode ou não tomar vacina, isso não existe”.

“Hoje vou encontrar com o ministro Pazuello da Saúde para tratar desse assunto, porque temos uma jornada pela frente, onde parece que foi judicializada essa questão, e entendo que essa não é uma questão de Justiça, é uma questão de saúde acima de tudo, não pode um juiz decidir se você pode ou não tomar vacina, isso não existe”, afirmou.

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