Lula nega reforma ministerial e diz nunca ter ouvido pedidos de ministérios por parte de Lira

Presidente rejeita mudanças no ministério e deixa em aberto possibilidade de negociação com o PP

Lula e Arthur Lira
Lula e Arthur Lira (Foto: REUTERS/Adriano Machado)


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247 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou a realização de uma reforma ministerial devido aos problemas enfrentados na relação com o Congresso Nacional. Além disso, Lula afirmou que nunca ouviu pedidos de ministérios por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). As declarações foram feitas em meio a cobranças do próprio Lira e de parlamentares da base aliada sobre dificuldades na articulação política do governo, bem como queixas sobre a demora na nomeação de cargos e na liberação de emendas.

Após encontro com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, Lula declarou: "Não está na minha cabeça fazer uma reforma ministerial, a não ser que aconteça uma catástrofe que me obrigue a mudar. Mas, por enquanto, o time está jogando melhor do que o Corinthians." O presidente também afirmou que não recebeu nenhum pedido de ministério por parte de Arthur Lira, mas não descartou a possibilidade de negociar a entrada do PP no governo.

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Lula ressaltou que o PP é um partido de oposição e destacou que já houve ministros do PP no governo de Dilma Rousseff. Ele enfatizou que, caso Lira fizesse um pedido, eles avaliariam, mas até o momento nunca ouviu o presidente da Câmara solicitar ministros.

Antes das declarações de Lula, Arthur Lira também concedeu uma entrevista na qual alertou o governo sobre a insatisfação dos parlamentares em relação à relação do Executivo com a Câmara dos Deputados. Lira defendeu que o presidente Lula abra espaço em seu ministério para mais partidos, a fim de ampliar sua base de apoio no Congresso. Em entrevista à GloboNews, Lira afirmou que o governo se propôs a formar sua base parlamentar oferecendo ministérios aos partidos que o apoiaram durante a campanha, além do MDB, PSD e União Brasil. Ele argumentou que é lógico estender essa alternativa a outras legendas, com o objetivo de aumentar a base de apoio. Lira questionou o que há de errado, diferente ou estranho nessa abordagem.

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As declarações de Lula e Lira surgem após a votação da medida provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios, mantendo a base do formato desenhado pelo governo Lula. Antes da votação, houve intensa pressão dos parlamentares, que expressaram divergências com o governo e afirmaram que seria seu "último voto de confiança" ao governo federal. Arthur Lira, em particular, fez críticas à articulação política do governo.

O desfecho dessa situação permanece incerto, com a possibilidade de negociações futuras entre o governo e o PP, bem como a pressão por uma maior abertura a outros partidos visando ampliar a base de apoio no Congresso Nacional.

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*Com informações da Folha de S.Paulo e do Metrópoles

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