Lula faz reunião ministerial para alinhar "segundo passo do governo" e definir "tudo que faremos até 2026"

"Daqui para frente vai ser proibido ter novas ideias. A gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora", afirmou o presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros durante reunião, no Palácio do Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros durante reunião, no Palácio do Planalto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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247 - O presidente Lula (PT) iniciou por volta de 10h desta quinta-feira (15) uma reunião com todos os seus ministros para alinhar “o segundo passo do nosso governo”, revisar as medidas já tomadas nos primeiros seis meses de administração e definir “tudo aquilo que a gente vai fazer até o dia 31 de dezembro de 2026”. Espera-se que na reunião Lula também tente reorganizar a articulação política de sua equipe junto ao Congresso Nacional. O presidente pretende exigir que seus ministros estejam sempre abertos a receberem deputados e senadores em seus gabinetes. “Talvez essa seja a última reunião ordinária que eu faça antes da reunião que a gente vai fazer no final do ano. Essa reunião tem como pressuposto o segundo passo do nosso governo. Até agora nós estivemos tratando da organização do Ministério. Nós estávamos tratando da briga de orçamento, estávamos tentando recuperar parte de todas as políticas públicas que tinham sido desmontadas, inclusive remontando algumas polícias. Essa parte já está cumprida. Falta agora a gente fazer o lançamento do Luz Para Todos, que ainda precisamos anunciar, e me parece que o programa Água Para Todos, que também falta a gente anunciar”.

“É muito importante que vocês digam claramente o que já foi feito. Se tiverem alguma dificuldade, digam. Em segundo lugar, dizer quais são os próximos passos”, afirmou. Na sequência, o presidente falou sobre o novo programa de desenvolvimento que quer lançar, em julho, nos moldes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). “Temos que lançar agora no começo de julho um novo programa de desenvolvimento, que quando a Miriam [Belchior] falou em PAC 3 eu disse que precisaria mudar de nome, mas está difícil encontrar um novo nome. Acho que vai ser PAC 3 mesmo, porque é um nome que já está consolidado junto a uma parte da sociedade, junto a quem trabalha na área de investimento público e construção civil. Possivelmente a gente faça de outra cor, mas faça o novo PAC”.

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“A gente vai ter que lançar esse programa porque daqui para frente a gente vai ser proibido de ter novas ideias. A gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora. A única coisa que pode mudar é a criação de escolas, porque cada vez que a pessoa pede uma escola, eu vou dizer que nós vamos fazer.Então você se prepare, Camilo [Santana, ministro da Educação], para fazer coisas novas que não estavam previstas no seu orçamento”, pontuou.

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Lula inclusive adiantou que planeja criar uma faculdade de matemática no Rio de Janeiro. “Aliás, ontem surgiu uma coisa interessante, que eu não falei com você mas já aceitei, que é fazer uma faculdade de matemática no Rio de Janeiro para que a gente possa a cada olimpíada colocar 100 alunos premiados nessa escola de matemática, para ele virar um especialista. Estamos precisando disso. A ideia é que a gente possa ter quantos alunos a gente puder. Acho que é um sonho que a gente vai realizar para essa meninada”.

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O objetivo da reunião ministerial, segundo o mandatário, é “sair daqui com a certeza de que o governo já tem no papel e na cabeça tudo aquilo que a gente vai fazer até o dia 31 de dezembro de 2026”. 

O presidente também fez uma nova advertência ao seu corpo ministerial, exigindo que programas não sejam anunciados antes de passarem pela Casa Civil e exigindo maior interação com a Secretaria de Comunicação Social, liderada pelo ministro Paulo Pimenta. “Vocês estão lembrados que na primeira reunião eu disse: ‘nesse governo não haverá política de ministro’. Isso é um governo, e as políticas todas serão do governo, por isso um ministro não pode apresentar uma proposta, começar a fazê-la sem discutir com a Casa Civil, sem transformar isso em uma política de governo. É assim que tem que ser e é assim que funciona um governo sério. Não é a política de cada ministro, é a política do governo que nós fazemos parte”.

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“Vai ter uma discussão sobre a relação dos ministros com a Secom. É importante que a gente saiba: a gente pode fazer divulgação das coisas que a gente faz com muito mais profissionalismo se a gente tiver o mínimo de educação de fazer as coisas coletivamente. Para isso que colocamos o deputado Paulo Pimenta para coordenar a nossa comunicação”, finalizou.

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