Luis Miranda pedirá que PF investigue possível espionagem de Bolsonaro
O deputado federal Luis Miranda disse que começou a ser perseguido e filmado por bolsonaristas após depoimento na CPI da Covid
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247 - O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que acionará a Polícia Federal para investigar se foi espionado pelo governo Jair Bolsonaro (Sem Partido) após denunciar irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Em entrevista à Veja, o parlamentar contou que começou a ser perseguido e filmado por bolsonaristas após depoimento na CPI da Covid.
Aliados do governo estariam com a intenção de comprovar que Miranda teria a pretensão de conspirar com o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, e Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, para derrubar o governo.
O deputado negou relações com ambos e declarou que só conheceu os parlamentares às vésperas do depoimento na CPI. "Irei entrar com um pedido de investigação por parte da Polícia Federal para saber se eu fui grampeado de forma ilegal, espionado de forma ilegal e até se estavam pretendendo fazer algum mal ou até tirar a minha vida para impedir que eu falasse a verdade", disse à revista.
De acordo com o deputado, Bolsonaro "desde o início estava tentando encobrir algo que ele sempre teve conhecimento que ocorria dentro do Ministério da Saúde". "Se saiu do próprio presidente da República a autorização para espionar a testemunha, ele é cúmplice de todos os crimes que nós sabemos que ocorreram no caso Covaxin e no Ministério da Saúde", afirmou.
"E covarde, porque ele sabe o que falou para mim e sabe o que eu levei para ele. E ele sabe que se viesse a público detalhadamente a forma como ele adjetivou as pessoas com quem hoje ele anda ombradamente ele seria sofreria processo de impeachment no dia seguinte", complementou.
Investigações
A compra da Covaxin foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante. Barros negou ter participado das negociações.
O deputado Luis Miranda afirmou ter enviado a um secretário de Bolsonaro mensagens com os alertas de uma possível corrupção no ministério.
A CPI da Covid imputou nove crimes a Bolsonaro - infração de medida sanitária preventiva, epidemia com resultado morte, prevaricação, incitação ao crime, charlatanismo, emprego irregular de verbas públicas, falsificação de documento particular, crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos, e, por último, crimes de responsabilidade (violação de direito social e incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo).
O senador Renan Calheiros afirmou que encaminhará o relatório ao Tribunal Penal Internacional.
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