Kátia Abreu: jamais pautaria nomeação de Ernesto Araújo para qualquer embaixada
Após embate com Ernesto Araújo durante sessão da CPI da Covid no Senado, a senadora Kátia Abreu (PP) voltou a criticar o ex-ministro das Relações Exteriores em entrevista à Folha de S. Paulo
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247 - Após embate com o ex-ministro Ernesto Araújo durante sessão da CPI da Covid no Senado, nesta terça-feira, 18, a senadora Kátia Abreu (PP) afirmou que jamais pautaria nomeação do diplomata para qualquer embaixada no mundo.
Segundo Abreu, o ex-ministro deixou de ser diplomata para se tornar um "Ernestominion". Por isso, declarou que não vai chefiar nenhuma embaixada enquanto ela for presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, isto é, até 2023.
"Eu te garanto que, nesses próximos anos, o Senado não o vê no quadro atual como representante do Brasil em nenhuma embaixada. Pelo menos de minha parte, eu jamais o pautaria para qualquer parte do mundo", afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo.
Araújo e Kátia Abreu já haviam entrado em conflito, quando o ex-ministro publicou nas redes sociais acusando a senadora de fazer lobby em favor da tecnologia chinesa no leilão do 5G. Foi o auge da crise de Ernesto Araújo com o Senado que fez com que ele fosse demitido.
Embate na CPI da Covid
A senadora Kátia Abreu (PP) enquadrou o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, que mentiu em depoimento na CPI da Covid ao negar conflitos diplomáticos com a China. Segundo a parlamentar, a gestão de Araújo foi uma "bússola que nos levou para o naufrágio da política internacional".
"O senhor não colocou o Brasil como pária, e sim em posição de irrelevância", disse. "O senhor ajudou a atacar (a China), humilhando... é um negacionista compulsivo, omisso", acrescentou.
De acordo com a senadora, "há um Ernesto que fala conosco e outro Ernesto nas redes". "Estou confusa", afirmou. "Por que o preconceito com vacinas?", questionou Kátia, que também criticou o fato de o ex-chanceler ter intermediado a compra de cloroquina. "Esse medicamento foi condenado no sentido de não ser útil", disse.
A senadora continuou. "O senhor criticou nossa proximidade com a China, com os Brics... o senhor é muito ousado. Isso colaborou para a compra de vacinas", ironizou.
Quando foi ministro, Araújo usou termos "comunavírus", "vírus ideológico" e apontou ameaça de "pesadelo comunista" em artigo publicado em seu blog pessoal em abril de 2020 ao se referir à China. E negou ter sido ofensivo com o país asiático.
"Como isso não é ataque?", continuou Kátia Abreu. "Você estava para defender os brasileiros e não a sua posição ideológica. O senhor atacava fortemente a China. Vocês não eram parceiros do governo americano, e sim do Trump. O senhor não entendeu que não somos amigos de presidente, e sim das nações", afirmou.
Depois, nas redes sociais, a senadora chamou Araújo de “fraco” e “covarde”.
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