Julgamento ameaça candidatura de Arruda
Mais uma peça indefinida no tabuleiro das Eleições no DF. No dia 25 de junho, a pouco mais de uma semana do término do prazo para registro de candidaturas, o político pode ser condenado e se tornar inelegível
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Brasília 247 - Mais um personagem do cenário eleitoral do DF vê usas expectativas escorrem por entre os dedos. A candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal agora está por um fio, diz a coluna do Claudio Humberto. Isto porque o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) marcou para o próximo dia 25 a sessão de julgamento da ação de improbidade administrativa à qual o político responde. Se for condenado até 5 de julho, prazo final para registro da candidatura, ele estará inelegível, assim como os demais réus na mesma ação.
No final do ano passado, a 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal condenou Arruda, Jaqueline Roriz (PMN) e seu marido Manoel Neto por improbidade administrativa tendo como prova o vídeo em que Jaqueline aparece recebendo R$ 50 mil das mãos do delator do mensalão, Durval Barbosa. O próprio Durval foi condenado no processo, mas recebeu uma pena menor por ter colaborado com as investigações.
Hoje deputada federal, Jaqueline Roriz também é ré nessa ação, assim como seu marido Manoel Neto e e Durval Barbosa. Segundo o Ministério Público, Barbosa passou a entregar dinheiro arrecadado do esquema de corrupção a Arruda e a quem ele indicasse. Arruda chegou a ser preso, pouco depois que o esquema veio à tona, em 2009, com a operação Caixa de Pandora.
Em dezembro de 2013, Arruda, Jaqueline e Dias foram condenados ao ressarcimento integral do dano equivalente a R$ 300 mil, ao pagamento de multa no valor duas vezes maior ao dano causado ao erário, e ao pagamento de danos morais de R$ 200 mil cada um, além da suspensão dos direitos políticos por oito anos.
Tiro no pé
Está na geladeira há quase duas semanas o processo no qual o presidente do DEM no DF, Alberto Fraga, é réu por porte ilegal de arma de uso restrito. Fraga foi condenado em primeira instância a quatro anos de prisão em regime aberto e ao pagamento de multa. Se a condenação for mantida, o coronel reformado que prepara candidatura para deputado federal se tornará oficialmente "ficha suja" e poderá ficar fora das Eleições de outubro.
O ex-deputado federal, denunciado pelo Ministério Público, em 2011, foi flagrado pela Polícia Civil no flat de sua propriedade em um hotel no Setor Hoteleiro Norte com um revólver calibre 357 MAGNUM, além de 283 munições também de uso restrito (calibres 09mm,.40, 357 MAGNUM) e 1.112 munições de uso permitido (calibres 12, 22, 38 e 20). O inquérito mostra ainda que o apartamento, registrado em nome de "laranjas", era de uso exclusivo do político.
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