Governo dobra aposta e assusta direita do Congresso, que começa a recuar da CPMI do 8 de janeiro
Governo Lula decidiu mergulhar na CPMI, que bolsonaristas queriam usar como palco para atacar o Planalto; Base aliada quer desnudar a responsabilidade de Bolsonaro
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247 - Após a crise que se instalou no Palácio do Planalto por causa das imagens que vieram a público do agora ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias circulando entre os terroristas bolsonaristas do 8 de janeiro, o governo Lula (PT) decidiu mergulhar de cabeça na proposta da oposição de criação da CPMI dos atos golpistas.
Antes, o governo avaliava que a comissão atrasaria suas pautas prioritárias no Congresso, como a aprovação do arcabouço fiscal e a reforma tributária. No entanto, bolsonaristas começaram a tentar jogar a culpa pelo 8 de janeiro na atual administração após a divulgação do vídeo de G. Dias.
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Com isso, o governo decidiu entrar com força na CPMI - não para desmobilizá-la, mas para dar a ela o rumo certo: investigar os bolsonaristas que incentivaram e/ou financiaram os atos do início do ano.
O jornalista Renato Souza, do Correio Braziliense, informou pelo Twitter na madrugada desta sexta-feira (21) que a nova estratégia da gestão Lula assustou a direita do Congresso. “Parlamentares de direita começam a recuar da CPMI do dia 8 de janeiro e se desmobilizam nos bastidores após governo orientar apoio à criação da comissão. Grupos de esquerda se organizam para subsidiar comissão com provas e imagens de forte impacto político”.
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A base de Lula no Congresso avalia que a proposta dos bolsonaristas de abrir uma CPMI para investigar o terrorismo do 8 de janeiro foi um grande erro e, agora, planeja utilizar todos os meios possíveis para desnudar a responsabilidade dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no episódio. Uma das prioridades dos governistas será convocar empresários, quebrar sigilos e apurar financiadores. Deputados do PT têm mencionado a convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), apontado ao longo dos anos como figura chave das estratégias virtuais bolsonaristas.
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