Governo busca antecipar saída de ex-chefe da Receita, aliado de Bolsonaro, de cargo em conselho do BNDES

Julio Cesar Vieira Gomes, que tentou liberar as joias confiscadas vindas da Arábia Saudita, é um dos membros do Conselho Fiscal do banco comandado por Aloizio Mercadante

Julio Cesar Vieira Gomes e Jair Bolsonaro
Julio Cesar Vieira Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reprodução/Twitter | Reuters/Joe Skipper)


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247 — O objetivo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é garantir a antecipação da saída de Julio Cesar Vieira Gomes, ex-secretário especial da Receita Federal, de sua posição no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Vieira Gomes foi eleito como membro titular do Conselho Fiscal do BNDES em 4 de novembro do ano passado e seu mandato estava previsto para terminar em 3 de novembro de 2024. Ele atualmente recebe um salário de R$ 8.100,68 por esse cargo.

O banco, atualmente liderado por Aloizio Mercadante, está trabalhando para recuperar sua posição de destaque nas gestões petistas.

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No final do ano passado, em dezembro, Julio Cesar Vieira Gomes tentou liberar as joias confiscadas vindas da Arábia Saudita que estavam retidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O ex-secretário especial da Receita Federal pressionou os funcionários da alfândega para entregar as peças a um sargento enviado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia sido encarregado de buscar o presente.

Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o ex-chefe da Receita Federal utilizou o WhatsApp, uma forma extraoficial de comunicação, para pressionar os servidores públicos a liberar um conjunto de joias, cujo valor foi avaliado em R$ 16,5 milhões.

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De acordo com as regras de governança do BNDES, o Conselho Fiscal é composto por três membros e três suplentes indicados pelo Ministério da Fazenda e eleitos em Assembleia Geral, com um mandato de dois anos e possibilidade de duas reconduções consecutivas. No entanto, Julio Cesar Vieira Gomes só poderá deixar o cargo imediatamente se optar por renunciar ao mandato. A destituição também pode ocorrer por meio de uma Assembleia-Geral extraordinária do banco. 

Integrantes do governo Lula estão insatisfeitos com a presença de Vieira Gomes no conselho e estão avaliando a melhor forma de agilizar sua saída, apesar de sua relação próxima com Bolsonaro.

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O Conselho Fiscal do BNDES se reúne a cada dois meses e tem como uma de suas principais atribuições o acompanhamento da execução patrimonial, financeira e orçamentária do banco. Os membros do conselho têm autoridade para solicitar qualquer documento ou informação relevante sobre a instituição. Além disso, é responsabilidade do conselho avaliar relatórios de controle interno e fiscalizar o trabalho dos administradores do banco.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve uma importância significativa durante os governos petistas, especialmente durante os mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O banco foi utilizado como uma ferramenta para impulsionar o crescimento econômico do país por meio do financiamento de grandes projetos de infraestrutura e empresas estatais.

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Durante os governos petistas, o BNDES foi responsável por fornecer empréstimos a juros baixos para empresas brasileiras, o que impulsionou o investimento em infraestrutura, energia, petróleo e gás, entre outros setores. O banco também apoiou a internacionalização de empresas brasileiras, investindo em projetos em outros países e expandindo a presença brasileira no mercado global.

Os investimentos do BNDES foram considerados fundamentais para a geração de empregos e o crescimento econômico do país durante os governos petistas.

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Durante os governos petistas, o BNDES financiou diversas obras e projetos em diferentes áreas. Algumas das principais obras financiadas pelo banco foram:

  • Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): o programa de investimentos em infraestrutura do governo federal recebeu mais de R$ 200 bilhões em financiamentos do BNDES entre 2007 e 2014.
  • Refinarias e exploração de petróleo: o BNDES financiou a construção de refinarias da Petrobras, como a Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco e a Refinaria do Nordeste em Maranhão. O banco também apoiou projetos de exploração de petróleo em águas profundas.
  • Energia: o BNDES financiou grandes projetos de geração de energia, incluindo hidrelétricas, parques eólicos e usinas termelétricas.
  • Metrôs e transporte público: o banco financiou a construção e a modernização de sistemas de transporte público em várias cidades brasileiras, incluindo o metrô de São Paulo e o BRT do Rio de Janeiro.
  • Setor agrícola: o BNDES financiou projetos de modernização e expansão do setor agrícola, como a construção de armazéns e a aquisição de maquinário.

Essas são apenas algumas das principais obras financiadas pelo BNDES durante os governos petistas, mas o banco também apoiou projetos em outras áreas, como educação, saúde, telecomunicações, entre outras.

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(Artigo escrito com apoio de inteligência artificial)

*Com informações do jornal O Globo

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