Bolsonaro manda PF e PGR investigarem deputado Luís Miranda e seu irmão, que denunciaram corrupção na compra da Covaxin

Em pronunciamento, ministro Onyx Lorenzoni afirmou que o Planalto determinou investigação por denúncia caluniosa e perícia dos documentos entregues a Jair Bolsonaro pelo deputado e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde. “O senhor não vai só se entender com Deus, não. Vai se entender com a gente”, ameaçou Onyx

Onyx Lorenzoni, Luis Miranda
Onyx Lorenzoni, Luis Miranda (Foto: Reprodução)


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247 - O ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, fez um pronunciamento representando o Palácio do Planalto na noite desta quarta-feira (23) para rebater as denúncias de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, adquirida com preço superfaturado em mais de 1000%.

“Não houve favorecimento a ninguém, não houve sobrepreço. Tem gente que não sabe fazer conta. Não houve compra alguma, não há um centavo que tenha sido despendido pelo caixa do governo federal”, disse Onyx, acusando a imprensa de querer manchar a imagem de Bolsonaro, que segundo ele é um divisor de águas no combate à corrupção.

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O ministro informou que o Planalto determinou que a Polícia Federal abra investigação sobre as palavras do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, o servidor do ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, autores da denúncia. O governo diz que houve adulteração de documentos entregues a Bolsonaro.

Ele pediu ainda investigação pela Procuradoria Geral da República, baseado no artigo 339, por denunciação caluniosa e fraude processual. 

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Onyx também sugeriu supostos interesses dos autores da denúncia. “Por que ele inventou essa história? O que os dois irmãos queriam na casa do presidente no dia 20 [de março]?”. Ele também citou “má-fé” e “denúncia caluniosa”. “A interesse de quem?”, indagou. “O governo Bolsonaro vai continuar, sim, sem corrupção”, afirmou a seguir. “Deus tá vendo, mas o senhor não vai só se entender com Deus, não. Vai se entender com a gente”, completou.

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