Gleisi fala em 'dia de vergonha para o MP': salvou Deltan 'no tapetão da prescrição'

A presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que o CNMP tornou-se “responsável pela impunidade dos crimes cometidos [por Dallagnol] na coletiva do powerpoint"

Gleisi Hoffmann / Deltan Dallagnol
Gleisi Hoffmann / Deltan Dallagnol (Foto: EBC Agencia Brasil)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Após novo arquivamento do julgamento de Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a presidenta do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, disse que o CNMP tornou-se “responsável pela impunidade dos crimes cometidos na coletiva do powerpoint”, em seu perfil no Twitter.

“Nenhum conselheiro ousou defender Dallagnol, mas os 4 anos e 42 adiamentos o salvaram no tapetão da prescrição”, destacou. Ela ainda disse que a ação marca o “dia de vergonha para o MP”. Confira.

continua após o anúncio

Antes disso, em sessão na Câmara dos Deputados, Gleisi criticou o “powerpoint tosco e mentiroso” de Dellagnol contra Lula e denunciou o adiamento do julgamento 42 vezes durante quatro anos desde o ocorrido.

continua após o anúncio

Para ela, a decisão de hoje definiria a forma como o MP entra para a história:

“Ou fará justiça e resgatará a credibilidade do Ministério Público, ou vai se configurar como dia da vergonha, em que vai sancionar todo tipo de abuso, decepcionando a sociedade e contribuindo para desmoralizar o MP”, afirmou.

A deputada petista ainda declarou que Dallagnol era o “astro” de um “show midiático” em que “apresentava powerpoint mentiroso e criminoso”. Confira o depoimento aqui.

continua após o anúncio

Novo arquivamento

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu arquivar nesta terça-feira (25) o processo que tramitava no órgão a pedido da defesa do ex-presidente Lula e que pedia punição administrativa a três procuradores da Lava Jato, entre eles Deltan Dallagnol, pela apresentação do PowerPoint feita em 2016 para explicar a denúncia apresentada pelo Ministério Público sobre o triplex do Guarujá.

A apresentação apontava Lula como grande comandante de uma suposta organização criminosa ligada à Petrobrás, tese que não tinha qualquer relação com o triplex, objeto da denúncia do MP, além de apresentar uma conclusão do caso antes da investigação sobre o ex-presidente. Além de Dallagnol, a ação mirava os procuradores Roberto Pozzobon e Júlio Noronha, também da força-tarefa da Lava Jato.

continua após o anúncio

Mesmo com um placar do plenário favorável à abertura de um processo administrativo disciplinar contra os procuradores, os conselheiros entenderam (oito dos 11 integrantes do órgão votaram desta forma), a maioria entendeu, após uma discussão, que por conta do tempo as punições não poderiam mais ser aplicadas porque prescreveram.

O debate sobre a prescrição aconteceu após a conselheira Sandra Krieger levantar uma questão de ordem pedindo a suspensão do julgamento para debater a prescrição da punição. O CNMP decidiu então suspender momentaneamente a proclamação do resultado da análise para depois do debate anunciar que as punições estavam prescritas.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247