General Ramos se alinha a Bolsonaro e ataca o TSE ao levantar suspeitas sobre isenção de ministros
O general Luiz Eduardo Ramos disse que levantou "dúvidas com relação à isenção" de magistrados em processos envolvendo o governo
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247 - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o general Luiz Eduardo Ramos, criticou, nesta quarta-feira (23), ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao levantar suspeitas sobre a isenção deles. O militar disse ter o direito de levantar "dúvidas com relação à isenção e imparcialidade de futuros processos". Ramos fez a sua avaliação no dia seguinte à posse da nova presidência da corte eleitoral, por Edson Fachin. Os relatos do militar foram divulgados em reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
A declaração do ministro se alinha ao discurso de Jair Bolsonaro, que tem duvidado publicamente sobre a credibilidade de algumas instituições, como o TSE e o Supremo Tribunal Federal (STF), para justificar as suas dificuldades de governabilidade e de subir nas pesquisas de intenções de voto.
"Me dou o direito, quando autoridades investidas de um poder destes, começam a falar, a se expressar, com esse tipo de pronunciamento, me dá o direito de levantar dúvidas com relação à isenção e imparcialidade de futuros processos", disse Ramos, em cerimônia no Palácio do Planalto sobre nova carteira digital. "Porque são críticas muito duras e pessoas a este homem, que ele sempre diz que está sentado nessa cadeira por missão de Deus".
O militar também criticou o discurso do ministro do STF Luís Roberto Barroso na última sessão presidida pelo magistrado sob a presidência do TSE. "Mais tarde, na mesma semana por coincidência, nós tivemos a passagem de cargo de um órgão do Estado brasileiro. Nós estávamos ainda na Rússia", disse.
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"Essa autoridade, que a gente prevê que tenha uma conduta serena, pacificadora, utilizou do seu discurso, de mais de 45 minutos, para de uma forma insidiosa, uma forma meio camuflada, para atacar o senhor. Atacar sem a consistência e com objetivos inconfessáveis", completou.
Em seu discurso de despedida, na última quinta-feira (17), Barroso afirmou, por exemplo, que a "liberdade de expressão é muito importante e precisa ser protegida, inclusive contra os que a utilizam para destruí-la juntamente com a destruição da democracia".
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