General apresenta documentos à PF com versão que contradiz governador do DF sobre acampamentos golpistas

Documentos contradizem as versões do governador Ibaneis Rocha e da cúpula da SSP-DF de que o Exército teria impedido o desmonte de acampamento golpista

General Dutra de Menezes e Ibaneis Rocha
General Dutra de Menezes e Ibaneis Rocha (Foto: Alan Santos/PR | Renato Alves/Agência Brasília)


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247 - O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, comandante militar do Planalto quando eclodiram os atos terroristas do dia 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, apresentou à Polícia Federal (PF) documentos sobre a ação do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, no dia da intentona golpista.

Os documentos que contradizem as versões dadas pelo governador Ibaneis Rocha e pela Polícia Militar (PM), de que os militares teriam impedido o desmonte do acampamento montado pelos extremistas  em frente ao Quartel General do Exército, foram entregues à PF na semana passada, quando Dutra depôs no âmbito do inquérito que apura os atos terroristas.

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Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, um dos documentos é datado do dia 28 de dezembro de 2022, antes de Torres assumir a SSP-DF. No ofício, a pasta pede o apoio do Exército para uma ação de “enfrentamento ao comércio irregular na Avenida do Exército e adjacências da Praça dos Cristais, previstas para o dia 29/12/2022″. 

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Em depoimentos anteriores, Ibaneis Rocha e oficiais da PM afirmaram que o Exército teria impedido o desmonte do acampamento onde os golpistas estavam acampados no dia 29 de dezembro.

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Em outro documento, datado do dia 6 de janeiro, quando Torres já comandava a SSP-DF, aparece uma determinação da pasta para que os ônibus que transportavam os extremistas ficassem estacionados e concentrados no Setor Militar Urbano (SMU). 

Dutra afirma que havia determinado que a Polícia do Exército montasse um bloqueio e impedisse o acesso dos radicais. Os militantes, porém, teriam utilizado uma rota alternativa para chegarem ao SMU. 

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