Fundação do Itamaraty tentou usar sistema do governo para divulgar palestras de bolsonaristas investigados pelo STF
A Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, tentou usar sistemas de comunicação internos do governo federal, para divulgar palestras de blogueiros bolsonaristas como Allan dos Santos, alvo do STF no inquérito sobre fake news
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247 - A Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, tentou usar sistemas de comunicação internos do governo federal para divulgar a milhões de servidores públicos palestras de blogueiros bolsonaristas investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os alvos da Corte estão Bernardo Kuster e Allan dos Santos - o inquérito apura a divulgação de notícias falsas, ataques a autoridades e organização de atos antidemocráticos. A Funag é uma fundação voltada para a difusão de temas da agenda da política externa brasileira.
De acordo com informações do jornal O Globo, a tentativa de divulgar palestras foi feita às vésperas de a Polícia Federal deflagrar uma operação contra os mesmos blogueiros. No dia da ação da PF, o Ministério da Economia rejeitou o pedido feito pela fundação.
Uma troca de comunicações entre o presidente da Funag, Roberto Goidanich, e o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, apontou que Goidanich enviou um ofício a Lenhart, em 21 de maio, informando que a fundação realizaria seminários e palestras virtuais com a presença de diversos blogueiros bolsonaristas,
"No dia 19 de maio, foi realizado o terceiro seminário, que contou com a com as participações de […] Bernardo P. Küster, diretor de Opinião do Brasil Sem Medo […] O quarto seminário, a ser realizado no dia 26 de maio, às 19:00 horas, contará com a participação […] entre outros; (de) Allan dos Santos, empresário, jornalista e apresentador no Terça Livre TV", diz um trecho do ofício enviado por Goidanich.
O secretário de Gestão e Desempenho de Pessoas do Ministério da Economia rejeitou o pedido alegando que os canais da pasta não divulgavam informações sem estar "diretamente relacionadas à vida funcional dos servidores, com raras exceções de pedidos internos".
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