Farmacêuticos e trabalhadores da saúde vão ao STF contra a cloroquina de Bolsonaro
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde e a Federação Nacional dos Farmacêuticos, o protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde para uso de cloroquina e hidroxicloroquina deve ser "imediatamente revisto" pois se encontra "defasado", já que aquele tratamento "se mostrou ineficaz e prejudicial"
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247 - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde e a Federação Nacional dos Farmacêuticos foram ao Supremo Tribunal Federal cobrando a suspensão do protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde para uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento do coronavírus. A peça é assinada pelo escritório Rubens Naves Santos Jr. Advogados, que presta assessoria jurídica para o Projeto Liberdade, que articulou a medida junto com o Instituto Questão de Ciência.
De acordo com as duas entidades, o protocolo deve ser "imediatamente revisto" pois se encontra "defasado", já que aquele tratamento "se mostrou ineficaz e prejudicial". Os relatos foram publicados no blog do Fausto Macedo.
"A politização que tem sido feita em torno desse assunto está, em verdade, atrapalhando o combate à pandemia e fazendo médicos, gestores públicos, técnicos, juízes e ministros perderem tempo valioso na definição de outras questões que, seguramente, contribuiriam muito mais para a definição das ações de enfrentamento de momento tão duro do nosso país", apontaram.
A ação apontou "prejuízo real" que as consequências do protocolo podem trazer para boa parte da população.
Para a advogada Juliana Vieira dos Santos, sócia do escritório Rubens Naves Santos Jr. Advogados, que assina a peça, a medida é necessária, uma vez que todo o protocolo apresentado pelo Ministério da Justiça não encontra respaldo científico.
"Os estudos mais sérios até agora já feitos, seguindo todas as diretrizes médicas e científicas, mostrou que além de não ter eficácia comprovada contra a Covid-19, o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina pode acarretar no aumento do risco de morte das pessoas que apresentam comorbidades e maior vulnerabilidade à doença", afirma.
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