Ex-chefe militar do Planalto diz em CPI que 'inteligência emocional' de Lula evitou 'noite de sangue' no 8/1
General Gustavo Henrique Dutra afirmou que o presidente Lula entendeu que uma operação noturna para desmontar o acampamento golpista tinha "alto grau de risco"
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247 - O general Gustavo Henrique Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), disse admirar a “inteligência emocional” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que a decisão tomada pelo petista para que o desmonte do acampamento golpista instalado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, acontecesse apenas na manhã do dia 9 de janeiro - um dia após os atos terroristas promovidos por bolsoanaristas que resultaram da depredação das sedes dos Três Poderes - evitou um “banho de sangue”.
"Ele [Lula] falou: general, são criminosos, tem que ser todos presos. [Eu disse] presidente, estamos todos no mesmo passo, estamos todos indignados iguais, serão presos; só que, até agora, nós só estamos lamentando dano ao patrimônio. Se nós entrarmos agora sem planejamento, podemos terminar essa noite com sangue", afirmou Dutra nesta quinta-feira (19), durante depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), segundo o jornal Folha de S. Paulo.
"O presidente Lula, eu tenho uma admiração pela inteligência emocional dele. Ele na mesma hora falou: seria uma tragédia. E falou assim: general, isola a praça e prende todo mundo amanhã. Eu virei: presidente, muito obrigado pela compreensão do senhor. Dentro das possibilidades, uma boa noite. Ele virou: o ministro Múcio está aí com o senhor? Eu disse: Não. Ele disse: Deveria estar. E desligou o telefone”, ressaltou o general mais à frente.
Segundo Dutra, uma operação noturna para desmontar o acampamento golpista tinha "alto grau de risco" em função da pouca iluminação no local e que os acampados estavam cansados e alguns deles poderiam morrer afogados no lago da Praça dos Cristais, onde o grupo estava instalado, caso a ação fosse efetuada.
A reportagem, porém, destaca que “diferentemente do que disse o general à CPI, pessoas próximas ao presidente relataram à reportagem em janeiro que o Exército comunicou a Lula que havia pessoas armadas no acampamento”.
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