Ex-assessor de Bolsonaro subiu na cúpula do Congresso no dia dos atos golpistas

Leia trechos das mensagens de Luís Marcos dos Reis, que é sargento do Exército

Atos golpistas em Brasília
Atos golpistas em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)


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247 - A Polícia Federal (PF) disse, em relatório, que Luís Marcos dos Reis, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), participou dos atos golpistas de 8 de janeiro. A PF concluiu que o sargento participou dos atos golpistas, do acampamento no Quartel-General do Exército em Brasília (DF), e de trocas de mensagens incentivando a "tomada de poder pelas Forças Armadas". A informação foi publicada nesta sexta-feira (16) pelo blog de Andréia Sadi

No celular do sargento do Exército, investigadores encontraram registros dele no 8 de janeiro. Após enviar vídeos em cima da cúpula do Congresso a um primo, pouco antes das 18h30, Luís Marcos dos Reis escreveu: "Eu estou no meio da muvuca! Não sei o que está acontecendo! O bicho vai pegar!. Entraram no Planalto, no Congresso, Câmara dos Deputados, entrou no STF. E quebrou, arrancou as togas lá daqueles ladrão (sic). Arrancou tudo! Foi, foi. O bicho pegou hoje aqui!".

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Investigadores apuram quais militares participaram dos atos golpistas do 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram o Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial. Também ocuparam o Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional. O ex-subchefe do Estado Maior do Exército Jean Lawand Junior e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), trocaram mensagem sobre o plano de golpe. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a demissão de Lawand.

Durante o seu governo, o ex-ocupante do Planalto tentou estimular apoiadores a ficarem contra o Poder Judiciário. Bolsonaro acusava o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de prejudicar a administração dele, que também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. O TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões no ano passado após a legenda questionar a confiança das urnas.

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