Ex-aliado, Alberto Fraga critica Bolsonaro: "colocar militares para fazer política não dá certo"
“Quem tem que fazer política são os políticos”, argumenta o coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal Alberto Fraga, amigo de Bolsonaro há 40 anos, ex-deputado federal e presidente do DEM no DF
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247 - Ex-aliado de Jair Bolsonaro, o coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal Alberto Fraga criticou a presença de militares em altos cargos do governo federal, em entrevista ao Metrópoles. Fraga é amigo de Bolsonaro há 40 anos, foi deputado federal e presidente do DEM no DF.
Segundo o policial, Bolsonaro “cometeu alguns erros que, na política, são inadmissíveis. Quem tem que fazer política são os políticos. Colocar militares para fazer política não dá certo. A coisa fica muito pesada”.
Fraga afirmou que militares sem articulação política não resolvem o problema da negociação política e, por isso, o governo está tendo de distribuir muitas emendas parlamentares.
“Alguém que não tinha relacionamento com o Congresso resolveu fazer essa negociação e, para se cacifar, teve de pagar a peso de ouro”, diz.
Relação com Bolsonaro
Ele ainda disse não guardar mágoa por não ter sido nomeado para cargo no governo. “Quem pode responder, realmente, o porquê ele nunca me fez ministro é o próprio presidente. Eu não sei até hoje. Acho que deve ter alguém dentro do convívio do presidente que sempre me vetou”, afirmou.
Fraga e Bolsonaro cortaram relações após a mulher do PM morrer de Covid-19, mas ele ainda tem muita consideração pelo velho amigo, alegando, entretanto, que ela não teria morrido se tivesse sido vacinada.
“Não houve rompimento, uma briga. Eu, pelo menos, continuo tendo apreço e amizade dele. Tem algumas perguntas que quem tem que responder é o Bolsonaro. Mas, como eu sei que ele não gosta de responder determinadas coisas, fica ao arbítrio de cada um”, disse.
Fraga ainda mantém fotos ao lado de Bolsonaro e de seus filhos em seu escritório na sede do Diretório Regional do DEM, em Brasília.
Denúncias de corrupção
Ainda, ele duvidou das denúncias apresentadas pelo deputado federal Luis Miranda, de seu partido, à CPI da Covid, envolvendo escândalo de corrupção na compra pelo Ministério da Saúde da vacinas Covaxin.
“A gente está percebendo que a história não está batendo”, disse, alegando que Miranda pode ter cometido denunciação caluniosa. “Se o deputado cometeu qualquer tipo de crime, eu não terei nenhuma dúvida ao pedir a expulsão dele do partido”, diz.
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