Estudantes impedem reunião do Conselho de Ensino da UnB
Na tarde desta quinta-feira 17, o Conselho iria debater a substituição do vestibular pelo Enem; manifestantes apresentaram uma lista com 10 itens de reivindicação
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UnB Agência - Um grupo de 50 alunos está no prédio da reitoria desde às 13h30 com uma lista com 10 reivindicações que envolvem os programas de assistência estudantil da Universidade de Brasília. A mobilização interrompeu, agora há pouco, reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), que debatia em auditório do prédio a substituição do vestibular pelo Enem. Após a suspensão da sessão, os estudantes permanecem no local aguardando a posição da Administração sobre os pontos considerados "emergenciais" da pauta. A Administração avalia os reinvindicações e promete responder em reunião às 17h30.
A maior parte dos estudantes são dos grupos 1 e 2 de vulnerabilidade socioeconômica e são atendidos por programas como auxílio alimentação, bolsa moradia e bolsa permanência. A manifestação havia sido convocada nesta quarta-feira, 16 de maio, com base nas exigências levantadas em uma longa carta de cinco páginas assinada por 18 Centros Acadêmicos, pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e outras nove entidades. Leia a carta aqui.
Mais cedo, representantes da Administração receberam os estudantes no Salão de Atos e negociaram o encaminhamento da pauta. "Queremos resposta por escrito de todos os itens da carta", afirmou Luana Weyl, do 7º semestre de Geografia. Durante a conversa, Rafael Barbosa, assessor de juventude da reitoria, propôs destaque dos pontos emergenciais da carta. "Não vai ser possível responder tudo por escrito hoje, por isso vamos analisar os aspectos mais fundamentais", explicou.
Dentre os itens que os estudantes exigem resposta imediata para desocupação do prédio, está o aumento no valor da bolsa permanência, hoje em R$ 465 mensais. "Esse valor está defasado desde 2009 e queremos adequá-lo à atual realidade", argumentou Lázaro Oliveira, estudante de Engenharia Florestal. Os estudantes também pedem aumento do valor do auxílio moradia, pago pelo Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) desde a desocupação da Casa do Estudante Universitário (CEU), em 2011, para reforma. "O contrato diz que após um ano da desocupação, o valor seria reajustado conforme índice dos preços de aluguéis, mas o acordo não está sendo cumprido", acrescentou Lázaro.
Além disso, o grupo pede a reabertura imediata do Restaurante Universitário (RU) para toda comunidade acadêmica, o pagamento retroativo de auxílio alimentação aos estudantes de baixa renda durante o período em que o RU esteve fechado, ampliação de bolsas do Programa UnB Idiomas e a desvinculação da exigência de contrapartida profissional aos beneficiários da bolsa permanência.
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