Embaixador vai à Justiça contra assédio moral e perseguição no Itamaraty
Com 42 anos de carreira, o embaixador Paulo Roberto de Almeida Almeida diz ter sofrido "retaliações financeiras" por causa de suas críticas ao chanceler Ernesto Araújo
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 - O embaixador Paulo Roberto de Almeida ingressou nesta semana com uma ação na Justiça Federal do Distrito Federal para responsabilizar a União assédio moral e perseguição no Ministério das Relações Exteriores. Com 42 anos de carreira, Almeida diz ter sofrido "retaliações financeiras" por causa de suas críticas ao chanceler Ernesto Araújo. A informação é de Veja.
O diplomata foi demitido em março de 2019 do cargo de diretor do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI) e foi para a Divisão de Comunicações e Arquivo, onde são exercidas funções de caráter burocrático.
Almeida recorreu ao Judiciário após o Itamaraty lhe imputar "dez faltas injustificadas" em março, o que reduziria o pagamento a que tem direito. Uma situação parecida tinha ocorrido no início do ano, quando o ele recebeu R$ 210 no mês de janeiro. O desconto de 99% da remuneração foi consequência da alegação de que ele teria de indenizar o Itamaraty por outras 20 faltas injustificadas entre maio e agosto de 2019.
O diplomata disse não ter sido informado de que faltas estavam sendo computadas e que apresentou os motivos para as ausências. Entre as razões estavam participações em bancas de mestrado e doutorado, programas de pós-graduação, e eventos políticos e diplomáticos.
Almeida pediu para que o Judiciário obrigue o Itamaraty a apresentar documentos sobre a lotação, ao controle de frequência e ao abono de faltas e atrasos de outros embaixadores. "Com efeito, a ré [a União] poderá provar que a situação do autor não é isolada e que o tratamento que ele recebe é o mesmo dos seus colegas", diz a defesa do diplomata.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247