Em posse, Pazuello exalta número de pacientes recuperados por Covid-19 e diz que Brasil ajudou comunidades indígenas
Falando em supostas melhorias da pandemia no Brasil, o general Eduardo Pazuello aproveitou para defender a reabertura da economia
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247 - Em discurso de solenidade de posse, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello - efetivado no cargo por Jair Bolsonaro na segunda-feira, 14 - disse, nesta quarta-feira, 16, que o Brasil lidou bem com a pandemia do coronavírus. “Já alcançamos mais de 3 milhões e 600 mil pessoas recuperadas [da Covid-19], um dos maiores quantitativos de pessoas recuperadas no mundo”, exaltou o general.
Para ele, isso seria a indicação de que o País lidou bem com a pandemia. O general, entretanto, não mencionou que o Brasil é o terceiro país mais infectado pelo novo coronavírus, atrás somente de Estados Unidos e Índia (dois países com maior população), e o segundo em número de óbitos, que já são mais de 130 mil.
Falando em supostas melhorias da pandemia no Brasil, o general aproveitou para defender a reabertura da economia. “Como resultado deste esforço conjunto [com os profissionais da Saúde e os estados], conseguimos alcançar uma situação de estabilidade bem definida. No Norte e no Nordeste, onde os números estão em total declínio e a população voltando para suas atividades normais”, disse.
Pazuello ainda disse que o governo federal ajudou as comunidades indígenas diante da pandemia. “Não posso terminar sem mencionar nossos esforços para a ampliação e a melhoria da assistência da saúde indígena”, declarou. “Aumentamos o número de profissionais de Saúde, asseguramos a distribuição de APIs, instalamos equipamentos e melhoramos a infraestrutura e o acesso à água tratada nas aldeias”, afirmou.
Ele não mencionou, todavia, o veto do governo, em junho deste ano, a medidas de proteção a povos indígenas durante a pandemia do coronavírus, negando oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva.
O texto, publicado no dia 8 de junho, no Diário Oficial da União (DOU), determina que os povos indígenas, as comunidades quilombolas e demais povos tradicionais sejam considerados "grupos em situação de extrema vulnerabilidade" e, em consequência, de alto risco para emergências de saúde pública.
Dentre os trechos vetados está o que prevê a execução de ações para garantir aos povos indígenas e quilombolas "a oferta emergencial de leitos hospitalares e de terapia intensiva" e que a União seja obrigada a comprar "ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea".
Outro veto foi o que obriga o governo a fornecer aos povos indígenas "acesso a água potável" e "distribuição gratuita de materiais de higiene, limpeza e de desinfecção para as aldeias".
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