Em depoimento à CPMI dos Atos Golpistas, ex-diretor da PRF diz ter pedido emprego a empresa que contratou em sua gestão

Empresa Combat Armor foi contratada para fornecer veículos blindados à PRF em um contrato de R$ 36 milhões, que está sob investigação do MPF por suspeita de irregularidades

Reprodução/TV Senado
Reprodução/TV Senado (Foto: Reprodução/TV Senado)


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247 - Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do 8 de Janeiro, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques revelou que solicitou emprego à empresa Combat Armor após sua aposentadoria da corporação no final do ano passado. 

Durante sua gestão, essa mesma empresa foi contratada para fornecer veículos blindados à PRF em um contrato de R$ 36 milhões, que atualmente está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de irregularidades, destaca o jornal O Globo, citando reportagem veiculada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

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Em seu depoimento, realizado nesta terça-feira (20), Vasques afirmou que desde o dia em que se aposentou da PRF tem buscado emprego, já tendo visitado mais de dez empresas, mas admitiu que ainda não conseguiu uma oportunidade que atendesse às suas expectativas.

Ao ser questionado pela relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-BA), sobre a possibilidade de conflito de interesse, Vasques negou qualquer irregularidade, limitando-se a responder que está aposentado.

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Conforme reportagem do "Jornal Nacional", veiculado pela TV Globo, o núcleo de controle externo da atividade policial do MPF suspeita de fraudes nos processos de licitação relacionados ao contrato com a Combat Armor, levantando questionamentos sobre a necessidade da aquisição de veículos blindados pela PRF. A investigação também busca apurar se existe algum tipo de relação entre Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, e a empresa Combat Armor.

Na oitiva, Vasques ressaltou que o cargo que ocupou não foi utilizado para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele declarou ter votado em Bolsonaro na véspera do segundo turno das eleições, mas negou qualquer envolvimento em bloqueios de estradas com o intuito de favorecer o ex-presidente.

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O ex-diretor afirmou, ainda, que as fotos que possui ao lado de Bolsonaro foram tiradas durante seu tempo livre e postadas em suas horas de folga. Segundo ele, o cargo nunca foi usado em benefício próprio ou do ex-mandatário, destacando que não teria o poder de alterar o resultado das eleições.

Silvinei Vasques é suspeito de ter determinado bloqueios em estradas com o intuito de prejudicar o transporte de eleitores do então candidato e hoje presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante o segundo turno das eleições presidenciais.

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