Efeito coronavírus: Caiado perde a paciência com Bolsonaro
Um dos governadores mais próximos a Bolsonaro, pelo menos até o momento, o de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), chamou de "irresponsáveis" os bolsonaristas que foram às ruas, mesmo após o ministério da Saúde recomendar que as pessoas evitem aglomerações
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247 - Um dos governadores mais próximos a Bolsonaro, pelo menos até o momento, o de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), perdeu a paciência com o aliado diante da crise provocada pelo coronavírus. Segundo a coluna Giro, do jornal O Popular, aliados do governador afirmam que ele "perdeu a paciência" com Bolsonaro, que ignorou as recomendações do ministério da Saúde e incentivou as manifestações para o último domingo (15).
No domingo, Caiado deixou a sede do governo e foi a uma manifestação, na Praça Cívica, para dissipar o grupo. Disse que era médico e não iria liberar o carro de som para os manifestantes.
O governador também chamou de "irresponsáveis" os bolsonaristas e começou a ser vaiado e hostilizado. Caiado saiu do meio da manifestação escoltado por seguranças e buscar refúgio no Palácio das Esmeraldas.
Governadores e membros do Congresso Nacional avaliam que o governo não demonstra comando na crise do coronavírus e a comunicação está desastrosa.
Leia abaixo a matéria publicada pelo Brasil 247 sobre o assunto:
Governadores e parlamentares consideraram, nesta segunda-feira (16), que a comunicação do governo Jair Bolsonaro sobre o coronavírus está desastrosa. A avaliação é a de que o País está sem comando e que os ministérios estão passando mensagens contraditórias. A informação é da coluna Painel. As secretarias estaduais de saúde divulgaram, até as 9h30 desta terça-feira (17), 301 casos confirmados da doença. O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na tarde de segunda-feira (16), apontava 234 infectados, 2.064 casos suspeitos e 1.624 casos descartados. A doença atinge 15 estados e o Distrito Federal. Em nível mundial, foram registradas 7.074 mortes pelo coronavírus, de acordo com monitoramento da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. O número de infectados é de pelo menos 168 mil.
Enquanto o ministério da Saúde brasileiro fala em diminuir a circulação de pessoas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu que apenas idosos adotassem o isolamento contra a doença.
A avaliação no meio político é a de que o pacote de R$ 147 bilhões anunciado por Guedes para medidas emergenciais contra o coronavírus ainda é pequeno perto dos alertas de quebradeira que chegam do setor privado, principalmente das companhias aéreas, ainda não atendidas pelo governo.
Participantes da Líder, que administra o DPVAT (Seguro Danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre), viram no pacote de Guedes espécie de revanche, porque é a segunda vez que o governo tenta usar o dinheiro da reserva de acidentes no trânsito. A primeira foi no começo do ano, quando Bolsonaro tentou zerar o DPVAT, mas o Congresso barrou a medida.
Bolsonaro convocou atos, mesmo com o maior risco de novos casos por causa das aglomerações, o que gerou muitas críticas de parlamentares e de colunistas da imprensaa, té porque ele já havia dito que a pandemia do coronavírus é “fantasia propagada pela mídia”.
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