Dia da Mulher: o recomeço de uma luta
Ocupamos este espaço porque ele é nosso. E sempre foi. Não é e não será a dualidade, que eu considero selvagem, entre macho e fêmea que vai dividir o nosso mundo em dois.
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Já passei da fase de defender a igualdade de gênero como ideologia. Isso porque, para mim, está mais do que claro que nós, mulheres, temos condições suficientes de nos inserirmos de forma definitiva no universo, que é um só.
Com a maturidade, é fácil perceber que não somos invasoras, tão pouco pedintes. Ocupamos este espaço porque ele é nosso. E sempre foi. Não é e não será a dualidade, que eu considero selvagem, entre macho e fêmea que vai dividir o nosso mundo em dois.
Cresci com a consciência de que o eu sozinho pode até ser o pontapé inicial para uma partida, mas a graça do jogo vem quando todos participam. Cada um no seu papel, cada qual na sua importância, independentemente de qualquer diferença.
Alguém já deve ter antevisto. Dividir, pelo próprio nascedouro da palavra, é reduzir. E no meu entender, o embate entre homem e mulher pode até levar à vitória, mas para apenas um de nós.
Tenho lucidez de sobra para compreender que a mulher moderna integra naturalmente o processo da (r)evolução social da atualidade. Só que, nos dias de hoje, mais justo é bater no peito para defender não a igualdade de gênero, questão esta mais que superada, mas de almejar ver esses dois exércitos, que já se mostraram tão capazes, se unindo por uma causa ainda maior: o respeito a tudo e a todos.
Fácil seria levantar a bandeira feminista, como uma oportunista para me valer da minha condição social, e esquecer daquilo que cada um de nós recebeu lá atrás, de algum ente querido ou alguém que se importou conosco, que é o amor. É no solo desse amor, penso eu, onde deve ser cultivado cuidadosamente o respeito. E esse fruto acaba semeando como antídoto contra essas constantes disputas que, hoje são de gênero, mas que a própria história mostra que já foram de credo e até de raça.
Triste pensar que em plena modernidade ainda temos que nos forçar a olhar para o passado para conseguir alcançar o futuro. Bom mesmo seria que todos nós, juntos, pudéssemos entender que o ser humano nada mais é que um ser, e não dois seres.
E daí surge a importância de datas como o Dia Internacional da Mulher. Torná-lo o marco da difícil luta que enfrentamos até aqui é mais do que um simples momento de comemoração. É a renovação do sentimento de que a vitória chega, mas somente após um duro embate.
Tenho a certeza que a partir de agora, unidos, sem interesses individuais apenas, essa missão será ainda mais grandiosa e extraordinária. E por isso e por tudo o que já vivemos e vencemos até aqui, nada mais justo do que desejar um feliz Dia Internacional da Mulher.
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