DF: crescem denúncias de violência contra a mulher

Denúncia de casos de violência contra a mulher no Distrito Federal aumentou 12,1% de 2012 para 2013, chegando a 14.731, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública; esse resultado, esperado, revela que as mulheres estão mais conscientes e confiantes para fazer as denúncias, segundo a Secretaria

Denúncia de casos de violência contra a mulher no Distrito Federal aumentou 12,1% de 2012 para 2013, chegando a 14.731, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública; esse resultado, esperado, revela que as mulheres estão mais conscientes e confiantes para fazer as denúncias, segundo a Secretaria
Denúncia de casos de violência contra a mulher no Distrito Federal aumentou 12,1% de 2012 para 2013, chegando a 14.731, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública; esse resultado, esperado, revela que as mulheres estão mais conscientes e confiantes para fazer as denúncias, segundo a Secretaria (Foto: Leonardo Lucena)


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Beatriz Ferrari, da Agência Brasília - A denúncia de casos de violência contra a mulher no Distrito Federal aumentou 12,1% de 2012 para 2013, chegando a 14.731, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14) pela Secretaria de Segurança Pública do DF. Esse resultado, esperado, revela que as mulheres estão mais conscientes e confiantes para fazer as denúncias.

Em 2013, apenas cinco das 31 regiões administrativas registraram queda nas denúncias: Taguatinga, Sobradinho, Varjão do Torto, Cruzeiro e SIA. A maior participação no índice total foi registrada em Ceilândia (15,7%), com 2.315 casos.

"Esse número é positivo na medida em que revela que as mulheres estão se sentindo mais seguras e denunciando mais, ainda que saibamos que o número de denúncias é inferior ao de casos", disse a secretária da Mulher do DF, Olgamir Amância.

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Com relação à natureza dos crimes denunciados, em primeiro lugar aparece a ameaça (62,9%), seguida da injúria (52,1%) e lesão corporal (31,5%).

"As mulheres passaram a compreender que a violência não é só física. Passaram a entender que ameaça também é crime. O conceito de violência contra a mulher é muito amplo, e estamos trabalhando no esclarecimento", completou a secretária.

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Para a delegada da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), Ana Cristina Santiago, a participação expressiva da ameaça entre o total das denúncias revela que os homens também passaram a ter consciência de que a lesão corporal é um crime grave, além de mostrar que as mulheres têm mais confiança no trabalho dos órgãos públicos. "Injúria é uma violência moral, e até pouco tempo atrás as pessoas não entendiam dessa forma", disse.

Os dados mostram que a maior incidência de crimes ocorre das 18h à meia-noite (mais de 20%) e aos fins de semana, chegando a 22,1% aos domingos.

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ATENDIMENTO - A rede de proteção à mulher no DF começa pela Delegacia da Mulher 24 horas e pelas delegacias circunscricionais, todas com seções específicas para atendimento ao público feminino, e se estende às unidades de apoio da Secretaria da Mulher, Defensoria Pública, Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e Poder Judiciário.

Além do Disque Direitos Humanos da Mulher (156, opção 6), telefone usado para fazer denúncias, o GDF mantém, por meio da Secretaria da Mulher, a Casa Abrigo, que acolhe mulheres ameaçadas de morte pelos agressores; os Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceam), que oferecem assistência jurídica, psicológica e social; o Ônibus da Mulher, que atende vítimas de violência na zona rural; e os Núcleos de Atendimento à Família e Autores de Violência (Nafavad), que buscam reeducar os agressores.

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No ano passado, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que investigou a violência contra a mulher no Brasil, considerou o Distrito Federal a unidade da Federação mais bem equipada para atender o público feminino.

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